As penhoras do Flamengo causaram a retenção de cerca de R$ 3,8 milhões da primeira parcela do patrocínio da Adidas no início do mês. Com isso, a diretoria pagou R$ 8 milhões em impostos atrasados e conseguiu a liberação de parte da verba, cujo valor deve ser divulgado em breve de forma oficial pelo clube. Até o momento, calcula-se que o total de penhoras já bateu a casa dos R$ 58 milhões.
A Adidas chegou a ser notificada sobre a ação de penhora. O clube começou a ter o dinheiro retido no segundo semestre do ano passado. Os débitos correspondem ao não pagamento de impostos de 2007-08-09, e também pendências de pagamentos relacionados ao ano de 2004, além de outras derrotas sofridas na Justiça.
O problema gerou atraso no pagamento de salários. No fim de 2012, de um pedido de R$ 27 milhões de adiantamento, entraram no cofre R$ 17 milhões, sendo que o restante ficou retido pela Justiça.
Pelo contrato firmado com a Adidas, logo após a assinatura, o Rubro-Negro receberia R$ 6,5 milhões, sendo que R$ 3,4 milhões destinados para pagar a rescisão com a Olympikus. Haveria também o pagamento de “taxa de início de parceria”, no valor de R$ 38 milhões (R$ 13 milhões até 30 dias após a assinatura do contrato – que ocorreu em 20 de janeiro – e R$ 25 milhões até 15 de fevereiro).
A nova gestão do Flamengo terá em mãos dentro de 90 dias o resultado da auditoria contratada para desvendar o caos financeiro do clube. A empresa Ernst & Young será a responsável por traçar um diagnóstico da real condição dos cofres rubro-negros. Mas uma coisa é conhecida: a penhora assusta.