Postado em: 17 de fev de 2013.
Carlos Eduardo quer marcar o domingo como o do seu renascimento para o futebol. O meia-atacante retoma, contra o Botafogo, uma trajetória promissora no começo, mas que foi quase interrompida durante dois anos. A lesão no joelho direito e o frio russo ficaram para trás, e o camisa 10 veio para o Flamengo em busca de alegria e calor humano. E louco para ser abraçado pela torcida rubro-negra. “Esse jogo é um recomeço para mim. Eu vim para recomeçar tudo, buscar de novo a felicidade de jogar futebol. Jogar em alto nível e buscar a Seleção. E o Flamengo é o clube perfeito para isso”, disse Carlos Eduardo. Em menos de um mês no clube, o principal reforço do Flamengo para a temporada se mostra feliz na nova casa. Durante o trabalho, alguns sorrisos se revezam com o semblante concentrado de quem não quer mais esperar. Depois do treino, ele se solta mais. Enquanto era entrevistado, foi assustado por Hernane, que passava de carro e gritou: “Valeu, Cadu!”. Às gargalhadas, Carlos Eduardo respondeu: “Vai, Papá”. E depois emendou: “Aqui o pessoal é muito maneiro”. A felicidade expõe sua esperança de retomar o caminho que ele começou a traçar nas divisões de base do Grêmio. Vendido em 2007 para o Hoffenheim por 8 milhões de euros (quase R$ 21 milhões, hoje), o jogador usou a experiência que se iniciou na Segunda Divisão alemã como trampolim. Três anos depois, foi adquirido pelo Rubin Kazan a peso de ouro: 20 milhões de euros (hoje R$ 52,3 milhões). Uma tendinite no joelho direito, porém, o tirou de campo por duas temporadas. Desde setembro de 2010, foram 13 jogos e só dois gols, na estreia. Com a camisa 10 do Flamengo, ele quer dar a volta por cima e preencher o vazio deixado por seu antecessor, Ronaldinho, seu ídolo de infância e que, por muito tempo, foi o apelido dele nas divisões de base do Grêmio. A comparação, hoje, pesa contra. Ser chamado pelo nome do camisa 10 do Atlético-MG, porém, sempre foi motivo de orgulho. E agora ele quer fazer história com o nome de batismo: Carlos Eduardo. Nascido no dia 28 de julho de 1987, em Ajuricaba, Rio Grande do Sul, ele renasce hoje com a bola nos pés. Pronto para vestir o manto de Zico
Ronaldinho é o ídolo de Carlos Eduardo e seu antecessor com a 10 do Flamengo. Mas o número só é considerado uma espécie de instituição no clube porque foi com ele que Zico conduziu o Rubro-Negro às maiores conquistas da história do clube. Neste domingo, a camisa ganha novo dono. E ele tem consciência do peso que carregará em campo. “Eu sei da importância que tem vestir essa camisa, mas estou tranquilo. Fui criado com pressão, já usei a 10 da Seleção. Mas é claro que é um peso muito grande”, disse Carlos Eduardo. O novo 10 da Gávea, no entanto, dribla a ansiedade e transforma a responsabilidade em força para superar as dificuldades. As limitações físicas talvez sejam ainda seus maiores marcadores. Mas, com a camisa do Galinho, ele espera ganhar em energia. “É uma motivação enorme para mim receber e vestir a camisa do Zico. Dá uma vontade ainda maior de jogar e dar meu máximo pelo Flamengo”, disse Carlos Eduardo, que conheceu o Zico antes de fechar com o Flamengo. “Falei com ele a primeira vez há um ano e meio. É um cara muito legal. Conversamos muito sobre a Rússia, porque ele também morou lá”, contou.
Fonte: IG
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