Postado em: 5 de fev de 2013
No Flamengo desde setembro, Cleber Santana chegou como solução para o meio de campo de um clube que não vivia bom momentos. A proximidade da zona de rebaixamento e o clima de eleição tornava o ambiente mais conturbado. Nessa nova fase vivida pelo Fla, o meia passou a ser reserva da equipe. Talvez, com isso teve mais tempo para observar as mudanças ocorridas com a troca de gestão. Para o jogador, a honestidade e o diálogo são fatores primordiais dos novos dirigentes rubro-negros. – A nova diretoria chegou agora e já colocou a casa em ordem, está tudo certinho. Se dizem que vão pagar, pagam. As conversas são bem sinceras, a nova diretoria é bem aberta, isso que é importante. No ano passado o grupo tentava uma conversa com a diretoria mas não conseguia, ia passando. Tanto que entramos de férias com aquela dificuldade financeira – disse o jogador. Tentando apagar o pífio ano de 2012, Cleber Santana acredita que, pela grandeza, o Flamengo não pode passar um ano em branco. Neste início de temporada o time rubro-negro está conseguindo trabalhar com mais tranquilidade e as vitórias estão aparecendo. – Do ano passado para este saíram alguns jogadores, o Dorival está usando alguns meninos que participaram da Copa São Paulo, jogadores de qualidade, que estão compondo o grupo e jogando bem. Este ano precisamos de conquistas, pois ano passado foi complicado, difícil para a grandeza do Flamengo – disse. Agora, o objetivo do meia é a busca pelo o espaço perdido no time titular pela mudança tática e a chegada de alguns reforços. O meia garantiu ainda que quer deixar o treinador de cabeça quente. – Temos muitos jogadores no meio. Entendo a opção do treinador e sei que só 11 jogam. Entrei nos últimos jogos e pude ajudar. Espero fazer o meu trabalho para deixar o treinador de cabeça quente. A briga tem que ser sadia e nos respeitar uns aos outros – concluiu. Conversa com jovem rafinha Cleber Santana afirmou que teve uma conversa marcante com o jovem atacante Rafinha, de 19 anos. Após a partida contra o Volta Redonda, em Moça Bonita, o garoto disse que precisava fazer rapidamente um gol, já que não queria voltar aos juniores. – Depois do jogo contra o Volta Redonda, que ele fez uma jogada, chutou de esquerda e o goleiro pegou, o Rafinha chegou para mim e disse quase chorando que tinha de fazer logo um gol, pois não queria voltar para os juniores. Vi nele uma vontade de vencer e a simplicidade de reconhecer que tinha de fazer mais do que estava fazendo – recordou Cleber Santana. Dívida não atrapalha meia O meia Cleber Santana chegou ao Flamengo do Avaí. O Rubro-Negro, na época, parcelou o valor da negociação e não quitou as pendências até agora. Segundo o jogador, a dívida não atrapalha o rendimento dele, apesar de estar fazer um papel de intermediador do Avaí com a antiga diretoria da Gávea. – A dívida nunca me atrapalhou. Eu tentava ajudar, pois o presidente do Avaí me ligava e pedia para eu entrar em contato com o Michel Levy e eu tentava conversar para passar as necessidades deles, pois tinham que arcar com os salários e fizeram um acordo com o Flamengo, que não pagou tudo até agora – disse o meia. A contratação custou ao Flamengo R$ 3,2 milhões, que foram divididos em quatro parcelas de R$ 800 mil. Desse montante, apenas R$ 1,2 milhão foi pago. Tem interesse em jogar novamente na Europa? Tenho vontade de voltar para lá. Outro lugar que eu tenho muita vontade de jogar é em Dubai, mundo árabe. Recebi proposta para jogar lá há alguns anos, mas para eu sair do Brasil e ganhar a mesma coisa é melhor ficar aqui. O que mais impressionou você ao chegar no Flamengo? Vou comparar aos grandes como Santos e São Paulo, que atuei. Eu via sempre 10, cinco torcedores. Quando cheguei no aeroporto com o Flamengo, fiquei assustado com a quantidade de pessoas. No estádio nem se fala. Quando jogava na Europa, o Flamengo era muito conhecido pelos torcedores de lá? Na Europa todos conhecem o Flamengo, é o primeiro com certeza. No próprio Japão, todos conhecem o Flamengo pela torcida, pela grandeza do clube e pelos ídolos. Zico, Andrade, Adílio, essas feras todas são idolatradas lá no Japão. Por conta disso, eu sempre sonhei em jogar aqui no Flamengo. Depois que começou a jogar pelo Flamengo, sentiu diferença no assédio da torcida? Tirei minhas férias agora no fim do ano e eu gosto de ir para o Nordeste. Paraíba, Pernambuco, Rio Grande no Norte… Foi impressionante, não consegui andar por lá, tem muitos rubro-negros.
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