Postado em: 17 de mar de 2013.
O anúncio da demissão de Dorival Júnior, no início da noite de sábado, não foi encarado como surpresa pelo próprio treinador. A redução salarial, que não foi aceita por ele, é o motivo alegado pelo Flamengo. A saída do técnico, entretanto, estava desenhada desde dezembro.
Ao longo da disputa da Taça Guanabara, Dorival comentou com o entorno dele que não estava satisfeito com a demora do clube para contratar.
– Ele pedia reforços e o clube não atendia, dizendo que não havia dinheiro. Desde o início do ano, estavam em dúvida se ele continuaria. Estava na cara que ele iria sair quando acontecesse alguns resultados negativos – contou uma pessoa muito próxima de Dorival.
Faltou dinheiro para atender aos pedidos do técnico e também para arcar com o aumento recebido por ele, previsto no contrato. O salário de R$ 400 mil passou para cerca de R$ 750 mil. Com os três profissionais do staff dele, a comissão técnica custava aproximadamente R$ 1 milhão.
A conveniência para a demissão aconteceu justamente no momento em que a multa pela quebra do contrato reduzia. A diretoria esperou março chegar, sabendo que, caso demitisse Dorival, pagaria o equivalente a dois salários. E foi o que aconteceu.
Uma demissão, que custaria aproximadamente R$ 1,8 milhão, cairia para cerca de R$ 800 mil, valor baseado no antigo salário, segundo pessoas que tiveram acesso ao contrato de Dorival.
Mais do que a brecha oferecida pelo contrato em relação à multa, coincidentemente ou não, o pior resultado do técnico em 2013 aconteceu em março, precisamente na quarta-feira. A pressão sobre o treinador aumentou após a derrota de virada sofrida para o Resende, apesar de o clube ter garantido a permanência depois.
Fonte: Lancenet
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