Postado em: 5 de mar de 2013.
Grandes nomes da ginástica brasileira estão na rua da amargura. Nesta terça-feira, a diretoria do Flamengo confirmou que encerrou as atividades da ginástica, deixando atletas de ponta e das seleções brasileiras como Diego e Daniele Hypolito, Jade Barbosa sem uma casa. Sempre defensor do clube, Hypolito, que é campeão bicampeão mundial e participou de duas Olimpíadas, agora está revoltado com a atitude da nova diretoria. O jovem, que treina há 19 anos na Gávea, chamou de retaliação o fato de a ginástica ter acabado, assim como a equipe de judô e a natação, finalizada no final do ano passado. Para ele, o término da modalidade é uma retaliação da nova gestão, porque todos apoiavam a ex-presidente Patrícia Amorim. – Meu único sentimento é de indignação. Na verdade vejo essa situação como uma retaliação pela última gestão. Como o Flamengo não tem marketing para pagar seis atletas que não tem salário de um jogador de futebol, que não têm o salário que o Cesar Cielo mais um treinador recebiam. Não é questão de comparação com futebol e natação, que foram cortados, questão é que é absurdo não conseguirem marketing. Eu só escuto há 19 anos que o Flamengo não tem dinheiro, o clube não procura uma solução – disse. Na coletiva dada nesta terça-feira, o vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, disse que o custo das equipes de ginástica e judô juntos chegava a R$ 2 milhões por ano. Hypolito revelou que os salários dos seis atletas de ponta que foram demitidos estão de dois a quatro meses com atraso. – Os salários estão atrasados de dois a três meses. Tem que gente que não recebe a quatro meses. E em algum momento eu reclamei? Fiquei calado, algo que para mim não era o maior valor. Deixei claro que aceitaria que o meu salário diminuísse. Eu conversei com o Marcelo Vido somente na semana passada, porque o Póvoa nunca me atendeu. Ele me pediu para ficar calmo, que isso era prioridade… E agora nos demitem e ficamos sabendo pela imprensa? Que falta de respeito – falou. Irônico, o ginasta se comprometeu em ajudar a nova diretoria com dinheiro, se fosse necessário, já que esse foi o motivo alegado pelo clube para o término da equipe. Ele também colocou em dúvida se irá continuar como conselheiro da equipe, assim como a irmã Daniele. – Estou com pena da gestão nova de não conseguir ter dinheiro para gente. Estou pensando em ligar e perguntar se eu posso ajudar de alguma maneira, já que eles não me ligaram e não tiveram consideração, queria saber se tenho como ajudar. Não sei ainda se vamos continuar no conselho. Pela torcida, que sempre nos apoiou, ficaríamos. Mas agora é algo a ser pensado – afirmou.
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