Postado em: 16 de mar de 2013.
Dorival Júnior foi alçado cedo demais ao grupo de treinadores “top” do futebol brasileiro. Digo isso há um bom tempo, desde a época do Santos. É um sujeito de alto nível, bom caráter e com potencial para ser um grande treinador no futuro, mas ainda precisa passar por algumas etapas. Porém, sua demissão do Flamengo não me parece ter sido feita da maneira mais correta.
O salário de R$ 600 mil era mesmo elevado e fora da realidade. A informação é de que teria sido proposta uma redução de 50% nos vencimentos do treinador. Aliás, essa política salarial irresponsável precisa mudar no futebol brasileiro.
Voltando ao ponto, a intenção da nova diretoria do Flamengo em reduzir gastos e equilibrar o clube financeiramente é louvável e merece o apoio da torcida, que não costuma ter muita paciência. Porém, nesse episódio fica clara a pressão em virtude das derrotas para o Botafogo, na semifinal da Taça Guanabara, e para o Resende, na abertura da Taça Rio. Em dois jogos, tudo mudou. A paciência acabou em razão de dois tropeços em um pífio campeonato estadual. Toda a pré-temporada foi jogada no lixo. Nada diferente do que já fizeram TODOS os cartolas que já passaram pelo clube. Um erro. Grave.
É fato que o contrato de Dorival previa uma multa rescisória bastante elevada em caso de demissão no início do ano, valor que diminuiu agora em março. Mas, me permitam propôr dois exercícios. O primeiro: a multa caiu agora de R$ 1,8 milhão para R$ 800 mil. Porém, somando os três primeiros salários de 2013, no valor de R$ 680 mil cada um, e os R$ 800 mil da multa, saiu mais caro. Matemática pura e simples.
O segundo exercício: você acha mesmo que se o Flamengo fosse campeão da Taça Guanabara, com uma vitória em cima de seu maior rival, a diretoria tomaria a decisão que tomou hoje? Se você acredita em Papai Noel, vá fundo!
Fonte: Ei
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