Mauricio Prado: “A Comissão de Arbitragem perdeu ótima oportunidade de ficar em silêncio.”

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Postado em: 5 de mar de 2013.

Estou boquiaberto com a ridícula, patética e absurda nota emitida pela Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Rio. A tal Comissão de Ensino que foi responsável pela redação do texto deveria, antes de mais nada, aprender a escrever em português. 
Vejamos, por exemplo, uma das pérolas com que nos brinda o triste documento. O esdrúxulo texto diz o seguinte: 
“Os jogadores fazem movimentos naturais complexos, devido a traiçoeira dinâmica do jogo, algo que é científico e validado pelos estudos dos movimentos humanos (Cinesiologia), os quais causam impacto em quem não consegue entender ou pelo desconhecimento ou pela paixão”. 

Meu Deus do céu! O confuso cérebro de quem redigiu esse parágrafo nem a tal da Cinesiologia explica! 

É até compreensível que o árbitro e a comissão de arbitragem considerem que a mão na bola de Marcelo Matos na verdade foi bola na mão e por isso o pênalti não aconteceu e não deveria ter sido marcado, como não foi. Simples assim. 

É uma opinião válida como também são respeitáveis outras análises de profissionais altamente gabaritados como, por exemplo, os ex-árbitros Arnaldo César Coelho e Leonardo Gaciba. E ambos teriam marcado a penalidade. 

Isso porque o polêmico lance permite interpretações diferentes, pois elas são subjetivas. A regra, é verdade, só fala em intenção, mas como ninguém estava dentro do cérebro de Marcelo Mattos para saber se ele abriu aquele braço, com o intuito de impedir a passagem da bola, ou foi apenas um movimento normal e de proteção ante o chute do rival, nenhuma verdade será absoluta.
A verdade é que discussão já cansou. E só existe até agora por causa da nota extremamente infeliz da Comissão de Arbitragem, que perdeu ótima oportunidade para ficar em silêncio ou, no máximo, dizer, sem firulas e salamaleques, que concordava com a decisão do árbitro. 
Para ter a pretensão de emitir notas dando aulas a quem quer que seja, a primeira coisa que a turma da Comissão de Ensino dos Árbitros deve fazer é contratar um professor que saiba escrever. Se não fizer isso, continuará a se expor a um ridículo como esse.
Fonte: Blog do Mauricio Prado

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