Postado em: 16 de mar de 2013.
A calmaria era flagrante no Ninho do Urubu até a última terça-feira. Mesmo a eliminação na semifinal da Taça Guanabara não havia tirado a tranquilidade dos jogadores, algo incomum recentemente no Flamengo. Um dos atletas mais antigos no clube, Léo Moura chegou a chamar o ano de ‘abençoado’. A derrota de virada para o Resende na última quarta-feira, porém, trouxe os primeiros abalos à paz do elenco.
O primeiro sinal desta nova etapa veio logo após a queda frente ao time do Sul Fluminense. Já na saída do gramado do Engenhão, jogadores como Elias e Hernane criticaram a postura da equipe. Na mesma noite, em entrevista coletiva, Dorival Junior pediu para que não se fosse criado um “caos” por conta dos resultados negativos.
No dia seguinte ao jogo, o clima já estava um pouco mais pesado no Ninho do Urubu. Embora sorrisos e certa descontração ainda fossem vistos, a pressão pela segunda derrota era clara nos corredores do CT. O diretor executivo de futebol Paulo Pelaipe até mesmo concedeu entrevista coletiva, algo não tão comum em sua passagem pelo Flamengo. A motivação era justamente reiterar o apoio da diretoria aos jogadores e, principalmente, Dorival Junior.
Mas foi na manhã desta sexta-feira que a tensão acumulada estourou pela primeira vez. Ibson se irritou em lance corriqueiro de treino promovido por Dorival e gritou asperamente com Renato Santos. Visivelmente exaltado, o volante continuou a ralhar com o companheiro após o fim da atividade, desta vez com o treinador ao lado da dupla. Mesmo que leve, o entrevero mostra que o clima já não é mais de total tranquilidade.
“O ambiente é bom porque foi tudo construído com vitórias. Quando as coisas acontecem dentro de campo, isso ajuda fora de campo também. Se perdermos a terceira consecutiva, começarão os problemas. Não entre a gente, mas começaremos a ouvir criticas”, disse o goleiro Felipe, minimizando a discussão entre os companheiros.
Apesar de ter esquentado nos últimos dias, o clima ainda contrasta com o de um passado recente do Flamengo. Na mesma época da última temporada, o Rubro-negro convivia com os problemas extra-campo de Ronaldinho Gaúcho e com uma briga que culminou com a saída de Alex Silva por empréstimo ao Cruzeiro. Além disso, o clube então presidido por Patrícia Amorim era constantemente cobrado pela torcida, o que ainda não se repetiu neste ano.
Fonte: UOL
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