Com a política de cortar os altos salários do elenco, o Flamengo se desfez de mais dois medalhões nesta semana, com a liberação de Ibson e Alex Silva. No caso do primeiro, o clube repetiu nos bastidores o que já havia sido feito com Vagner Love e o técnico Dorival Júnior, que acabaram sendo “fritados” e ficaram sem qualquer clima para seguir no rubro-negro. O procedimento não agradou Ibson. Mas não foi apenas a decisão de afastá-lo que o deixou irritado. O meia ficou inconformado com o fato da diretoria não admitir o motivo real de seu afastamento. Enquanto participava de reuniões onde a cúpula tentava reduzir o seu salário, o camisa 7 via dirigentes e comissão técnica afirmarem que ele havia deixado o time por questões técnicas. Para Ibson e seus representantes, a diretoria tinha todo o direito de afastá-lo por conta do alto salário, mas deveria deixar isso claro em pronunciamentos e entrevistas, o que não aconteceu. Após ser um dos destaques do time na primeira fase do Campeonato Carioca, o jogador foi barrado com o argumento de que não vinha jogando bem. Outra coisa que incomodou o jogador foi o “jogo de empurra” entre diretoria e comissão técnica na hora de resolver sua situação. Dirigentes e o técnico Jorginho não conseguiam afinar o discurso no caso. “Não comento este assunto [Ibson]. Essa questão será definida pela diretoria”, afirmou Jorginho, após o jogo do último fim de semana. “A diretoria não vai dispensar ninguém. Quem define isso é a comissão técnica. O Jorginho e o Ailton [auxiliar] são soberanos nesta questão”, disse o vice de futebol do Flamengo, Wallim Vasconcellos, na última quinta, mostrando uma falta de sintonia nos discursos. Sobre o motivo real de sua saída – seu alto salário -, Ibson também questionou a opção da diretoria nos bastidores. Em conversa com amigos e pessoas próximas, o jogador lembrava que companheiros que chegaram nesta temporada, como Elias e Carlos Eduardo, tinham vencimentos iguais ou maiores. E os discursos contraditórios no Flamengo chamaram a atenção por outros episódios de “frituras” de jogadores. Antes da saída de Ibson, o clube já havia apresentado versões diferentes para o imbróglio envolvendo Vagner Love. Enquanto o presidente Eduardo Bandeira de Mello disse, na época, que o jogador queria continuar no clube e só saiu pela enorme dívida com o CSKA, da Rússia, o vice Wallim Vasconcellos apresentou outra versão. “O Vagner saiu porque quis. Ele veio conversar comigo e disse que não queria mais continuar. Não tínhamos o que fazer”, disse Wallim, novamente com um discurso contraditório. E aí Nação, o que vocês acharam? Comentem! Siga-nos também no