Com cobertor curto, a diretoria do Flamengo começou o trabalho pagando caro pela credibilidade da instituição. Ao utilizar a verba do patrocinador (Peugeot) e do novo fornecedor de material esportivo (Adidas) para regularizar a situação fiscal, gastando R$ 40 milhões, o dinheiro para reforços acabou.
A obtenção das certidões negativas de débito e o pagamento de dívidas antigas com atletas e funcionários comprometeram 80% da receita anual, segundo o vice de finanças Rodrigo Tostes. A missão agora é ir atrás de novas verbas para montar um time forte para o Campeonato Brasileiro. Para isso, o clube espera avançar a conversa com a Caixa Econômica e alavancar o programa sócio-torcedor.
— O futuro depende de novos patrocinadores e do sócio-torcedor. Esse dinheiro vai ser bem investido. Vamos buscar um time forte, trazer novos jogadores, investir no clube e na marca, mas sem loucuras — disse Tostes.
A análise vai ao encontro do discurso da cúpula de futebol e do técnico Jorginho, que chegou ontem junto com o elenco após vitória na estreia da Copa do Brasil. Sábado, contra o Duque de Caxias, o trabalho de avaliação dos jogadores continua para uma nova reformulação antes do Brasileirão.
A diretoria negociou com atletas direitos de imagem pendentes e pode fazer dispensas. O enxugamento do elenco já ocorreu antes da busca por reforços de peso.
— Usamos a verba quase toda para pagar salário em dia, renegociar dívidas do passado, e deixamos de fazer aquisições vultuosas no futebol — confirmou Tostes.
Em dez dias, a diretoria divulga o balanço da auditoria interna e define o orçamento do futebol. Do total previsto para o ano (R$ 200 milhões), a maioria já foi gasta.
— Da receita e 2013 estão comprometidos 80% dos recebíveis, estamos jogando
para frente, renegociando. Precisamos de dinheiro novo — alertou o vice-presidente.
Fonte: Extra Globo
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