Depois da Peugeot, a camisa rubro-negra segue à espera de grandes novidades. Abril caminha para o fim e o contrato com a nova fornecedora de material esportivo, a Adidas, entrará em vigor a partir de maio. Ao mesmo passo, o departamento de futebol necessita de verba para conseguir realizar contratações e reforçar o time para o restante na temporada. No departamento de marketing do clube, comandado por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, surge uma data: 2 de maio, uma quinta-feira. Até lá, o Flamengo espera ter acordos com ao menos duas novas empresas sacramentados e até mesmo ultrapassar o valor de R$ 80 milhões imaginado para o uniforme.
As conversas seguem a pleno vapor. Após o clube obter as seis certidões negativas de débito necessárias e mandar a mensagem de bom pagador ao mercado, negociações avançaram. Nos bastidores da Gávea, tão logo as CNDs foram anunciadas a euforia foi grande. A estatal Caixa Econômica Federal, grande favorita para ocupar o cargo, não contava mais com um impedimento legal para estampar sua marca no clube. As conversas giram em valores acima dos R$ 32 milhões acertados com o Corinthians. Além disso, há outras maneiras de a estatal contribuir com o clube, como no incentivo a esportes amadores e convênios com associados. Neste caso, a Caixa ocuparia a frente da camisa, lugar que ficará vago em maio, quando a Peugeot passará para as costas do uniforme.
“Vamos ter novidades, mas não necessariamente nestes valores ou nomes que vêm sendo divulgados. Espero ter algo mesmo até o dia 2 (de maio), afirmou Bap.
Na conta do uniforme, o clube já tem a Adidas com seus R$ 35 milhões anuais, a Peugeot com um contrato de três anos assinado e com uma média de R$ 10 milhões anuais. Ainda há, também, um acordo antigo em vigor até o fim do ano, com a TIM, no número do uniforme, no valor de R$ 3 milhões anuais. A Cielo, operadora de cartões de crédito, chegou a ser cogitada para ocupar as mangas em um valor de R$ 10 milhões anuais.
A empresa, no entanto, negou, por meio de sua assessoria de imprensa, que esteja em negociação com o clube rubro-negro. Por enquanto, o espaço segue livre, contra o Remo, o espaço foi utilizado para uma permuta com a empresa Nobre, que realiza a mão de obra para pinturas no clube.
Inicialmente, a Adidas permitiu apenas mais dois patrocinadores na camisa rubro-negra. Mas após argumentações do clube, a cota subriu para três. A intenção é deixar o uniforme o mais limpo possível para poder comercializá-lo em suas lojas internacionais, tanto no Estados Unidos e na Europa. Ao lado de Chelsea, Bayern de Munique, Milan e Real Madrid, o Flamengo agora integra o quadro chamado “top five” da empresa alemã.
O lançamento do novo uniforme rubro-negro vem sendo tratado com carinho. Por isso, não há pressa. A intenção, obviamente, é de que a camisa esteja pronta, já com todos os patrocinadores, para o Campeonato Brasileiro, que inicia no dia 26 de maio. Por isso, embora o contrato comece a vigorar no primeiro dia do mês, o mais provável é que o uniforme seja lançado em meados de maio, para dar mais tempo para o acordo com os novos patrocinadores ser formalizado e a camisa não ir às lojas para, logo em seguida, sofrer modificações em seu design.
Até lá espera-se também que o elenco já esteja definido pelo técnico Jorginho e reforços sejam confirmados. A partir daí, o Flamengo parte para outra estratégia: manter, enfim, uma numeração oficial, algo que não foi feito até agora depois de alguns anos. A ideia é fidelizar o número ao atleta e, consequentemente, promover as vendas trabalhadas à imagem do jogador. Rafinha, xodó dos rubro-negros, por exemplo, ganharia um número próprio e poderia aumentar as vendas. Nesta temporada, ele jogou com os números 11, 7 e 8. Com o número fixado, o torcedor poderá ir a uma loja oficial do clube, comprar a camisa e estampá-lo, com o nome do jogador, na mesma hora.
“Isto está para ser discutido. Até porque é comum que o torcedor compre a camisa e escolha o número e imprima ali na hora mesmo”, disse Luiz Eduardo Baptista.
Certo é que maio não será mesmo como abril. Além de novo modelo, com nova fornecedora, a camisa rubro-negra promete ficar mais pesada nos cofres do clube e se tornar uma das mais valiosas, senão a mais, do futebol brasileiro.
Fonte: ESPN
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