Além do time sem grandes estrelas dentro de campo, o Flamengo tem feito outros tipos de sacrifícios para regularizar sua situação fiscal. O CT Ninho do Urubu foi uma das garantias dadas pelo clube à Fazenda Nacional de que arcará com o plano de refinanciamento de sua dívida. Ao todo, a diretoria que gere o clube há três meses Rubro-negro, pretende pagar R$ 80 milhões em impostos apenas em 2013.
Além do terreno do CT localizado em Vargem Grande, estimado em 136 mil m², contratos de cota de TV e de patrocínio foram utilizados como garantia do pagamento da dívida. O clube terá que cumprir seus compromissos se não quiser ter novos problemas com a Fazenda. A postura confiante ajudou na conquista das certidões negativas de débito nas últimas semanas.
“Hoje não trabalhamos com a hipótese de não pagar esses impostos. Essa é uma das linhas mestras da nossa gestão. Isto está sendo feito. Já fizemos o mais difícil”, disse o vice presidente jurídico do Flamengo, Flavio Willeman, .
No entanto, nem tudo são águas tranquilas para o Rubro-negro. O principal desafio para a manutenção da paz entre Flamengo e órgãos públicos é a obtenção de novas receitas por parte do clube. Hoje, os recursos confirmados para 2013 já estão em grande parte comprometidos. Empresas interessadas em patrocinar a equipe e o programa de sócio-torcedor recém-lançado são as esperanças.
“A nossa maior dificuldade foi encontrar um fluxo financeiro com que o Flamengo poderia se comprometer para não deixar de pagar no futuro”, explicou Willeman. “O clube apresentou esse fluxo para a Procuradoria e aderiu ao Refis municipal, por exemplo. Aderimos e começamos a pagar. Agora precisamos da receita para nos mantermos em dia”, completou.
Apesar do desafio de ter que criar novas fontes de receita, o clima é de total confiança entre os dirigentes. O vice presidente de finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes, celebrou a tranquilidade dada ao planejamento do caixa do clube. Principal autora de bloqueios judiciais de receitas dos grandes clubes, a Fazenda Nacional atesta com as certidões uma espécie de trégua com o Rubro-negro.
“Isso dá total segurança do levantamento das penhoras fiscais. Nosso departamento jurídico vem atuando com grandes escritórios de advocacia na defesa das demais penhoras do clube”, explicou Tostes.
Outra porta aberta pela conquista das certidões é a dos patrocínios públicos. E é de lá que pode vir a saída para a necessidade de novas receitas. Nos bastidores do clube, a Caixa Econômica Federal é tida como uma das melhores candidatas a ter um dos espaços restantes na camisa rubro-negra.
Atualmente, apenas a Peugeot e a Olympikus estampam o uniforme do Flamengo. Em seus últimos dias de contrato, a fornecedora de material esportivo será substituída pela Adidas em maio.
Fonte: UOL
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