A diretoria do Flamengo viajou nesta terça-feira em busca de reforços. Mas não diretamente para o campo. O presidente Eduardo Bandeira de Mello, acompanhado do vice de relações externas Flávio Godinho, foi a Brasília articular politicamente com representantes da Câmara dos Deputados e do Ministério do Esporte e sinalizar, mais uma vez, a intenção do clube de priorizar sua regularização fiscal, enquanto ainda não pode investir em craques.
A comitiva conheceu um novo projeto de reestruturação dos clubes que está sendo desenvolvido para substituir a antiga Timemania, da Caixa Econômica Federal, e estreitou laços para garantir a interrupção das penhoras e o acerto do banco público como novo patrocinador máster, por cerca de R$ 30 milhões.
A receita de novos investidores é o caminho para a busca de reforços. Com a troca de fornecedor de uniformes em maio, a Adidas passará a confeccionar as camisas do Brasileirão e a ideia é que elas já tenham a nova marca.
Para que isso ocorra, o clube precisa garantir a manutenção das certidões negativas de débito. No início de março, a diretoria pagou R$ 40 milhões de dívidas fiscais desde que assumiu, mas o rombo é dez vezes maior e foi parcelado.
Internamente, porém, a oposição lembra que foi o contrato com a Adidas, firmado pela diretoria anterior, que possibilitou parte do pagamento das dívidas. E critica a total reformulação no futebol, sem aproveitar o que ficou de bom.
Renato Abreu, de 34 anos, tem até pôster na Gávea, não retirado após a saída da presidente Patricia Amorim, que tinha o jogador como um símbolo. O meio-campo talvez seja o único do time que conseguiu sobreviver à rivalidade política. Ele aceitou rever a situação salarial junto à nova direção e trabalha tranquilo.
Cotado para ser titular novamente, agora com o técnico Jorginho, Renato demonstrou equilíbrio ao analisar a situação de companheiros como Ibson, que, diferente dele, não negociou salários e, por causa de dívida, pode deixar o clube pelo mesmo motivo que Vagner Love e o técnico Dorival Júnior.
— Tem que saber separar. Cada um tem um ponto de vista — driblou, consciente. — Todos aqui têm capacidade de vestir a camisa do Flamengo. Se vai haver troca ou não, não sei. É difícil ver sair os colegas, mas o importante é trabalhar, de cabeça limpa, sempre fazendo o melhor — declarou o político Renato.
Fonte: Extra Globo
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