A saída precoce de Vagner Love do Flamengo no começo do ano pegou a todos de surpresa. Maior ídolo do clube no ano passado, o atacante ainda não digeriu a forma como foi tratado pela nova diretoria, que abriu mão do jogador para não pagar o restante da dívida com o CSKA.
Já atuando em grande estilo na Rússia, onde foi eleito o melhor jogador do mês de março, o Artilheiro do Amor acompanhou os investimentos feitos para contratar novos atletas para o Flamengo, e acredita que não houve vontade por parte da nova administração em mantê-lo, muito por conta de sua proximidade com a ex-presidente Patricia Amorim.
Assim como o presidente Eduardo Bandeira de Mello, que deixou um churrasco e foi às pressas para a Gávea anunciar o adeus do jogador, Love se viu obrigado a sair falando pouco, mas agora que a poeira baixou ele não deixa pergunta sem resposta.
EXTRA: Como vai o recomeço da carreira na Rússia?
Está sendo muito bom pra mim. Estou muito feliz com a minha volta. Estou recebendo muito carinho dos torcedores. Para melhorar, fui escolhido o melhor jogador do mês.
EXTRA: Tem pesadelos com a forma como foi comunicada sua saída do Flamengo?
Não. Eu sei que é um passado recente, mas estou seguindo a minha vida da melhor maneira possível aqui no antigo novo clube.
EXTRA: Acha que houve retaliação por sua amizade com a ex-presidente Patricia Amorim?
Se eles pensaram por esse lado, não são bons profissionais. Pois eu era patrimônio do clube e não da presidente Patricia Amorim.
EXTRA: Se arrepende do apoio dado nas últimas eleições?
Não me arrependo. Pois foi na gestão dela que conseguiram me repatriar para o meu time de coração.
EXTRA: Suas passagens foram marcadas por muitos gols. Acha que a torcida está sentindo sua falta?O que tem achado do desempenho do Hernane?
Vestir essa camisa é sempre uma enorme cobrança. Mas os atacantes são sempre mais cobrados pelo histórico que teve o Flamengo. Hernane é um bom jogador. Vou ficar na torcida para que ele possa fazer muitos gols para meu time.
EXTRA: Falaram que você concordou em sair do Flamengo…
Não! Não concordei e nem pedi para sair. Em nenhum momento fizeram proposta para mim nem para o CSKA. Apenas disseram que não teriam condições de me pagar e nem ao CSKA.
EXTRA: Se sentiu desprestigiado?
Sim. Porque se pegar outros clubes do Brasil, sempre tem jogadores que têm salário mais alto. Se se esforçassem um pouco, teriam condição de me manter.
EXTRA: E houve alguma conversa com o presidente Eduardo Bandeira de Mello?
Não! Só tive contato com o presidente duas vezes. Uma na pré-temporada e a outra na hora da rescisão.
EXTRA: O que acha do atual elenco do Flamengo?
Um elenco muito bom, tem jogadores experiente e outros novos. Mas para a disputa do Campeonato Brasileiro precisará de mais reforços para tentar entrar na briga pelo título.
EXTRA: Que técnico do Flamengo mais gostou de trabalhar?
Nunca tive problemas com nenhum deles. Gostei muito de trabalhar com o Andrade e o Dorival Júnior.
EXTRA: Flamengo fez certo em demitir o Dorival com o mesmo argumento do seu caso?
Se foi realmente esse motivo, não teria outro argumento.
EXTRA: Gostou da chegada do Jorginho. Já trabalhou com ele, né?
Não tive oportunidade de trabalhar com ele como treinador, só como auxiliar. Mas com pouco tempo de convívio dá para dizer que será um grande treinador.
EXTRA: Falando da seleção, como está vendo a disputa por vagas no ataque?
Tem grandes atacantes, por isso a disputa vai ser muito boa, mas na minha opinião o Fred está garantido. Vou continuar trabalhando forte, se tiver uma nova oportunidade, vou estar preparado.
EXTRA: Acha que suas passagens no Flamengo na época do Adriano e depois do Ronaldinho foram tumultuadas?
Eu não tive problemas em nenhuma das minhas duas passagem relacionados a ambiente.
EXTRA: Ainda acredita no Adriano?
Só torço para que ele volte a fazer o que ele gosta, que é jogar futebol.
EXTRA: Tem visto o Ronaldinho Gaúcho jogar pelo Atlético-MG? Que tal reeditar a parceria?
Ele esta mostrando o que ele sabe fazer de melhor. Sempre jogou bem. Para mim, sempre foi e será o melhor do mundo. Gostaria de repetir, mas só seria possível na seleção brasileira.
Fonte: Extra Globo
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