Quando entrar em campo nesta quarta, às 22h, no estádio Amigão, em Campina Grande, para enfrentar o Campinense, o Flamengo estará enfrentando uma das três frentes de batalha que o mobilizam no momento. Enquanto o time começa a colocar em jogo sua passagem para a terceira fase da Copa do Brasil, a diretoria se mobiliza para tentar concluir a complicada operação por Marcelo Moreno e dar os últimos passos para assinar a parceria com a Caixa Econômica Federal, provável próxima patrocinadora principal do clube. Uma sessão do Conselho Deliberativo chegou a ser marcada para votar o acordo quinta-feira, mas foi adiada no fim da tarde de terça, assim como uma coletiva de imprensa prevista para anunciar a parceria. Uma nova data ainda não foi marcada.
A negociação chegou a ser dada como concluída. No entanto, os conselheiros foram comunicados no fim do dia de que a votação da minuta do contrato não aconteceria. Alguns detalhes ainda estariam sendo discutidos e, assim, a versão final do documento não chegou ao clube para ser revisada pela diretoria. Antes do adiamento, um grupo de conselheiros contestava o fato de que os membros do órgão não teriam acesso antecipado aos termos da parceria e a pareceres do Conselho Fiscal e de comissões jurídica e de finanças para estudarem se votariam a favor ou contra. A convocação para a votação também não informava o nome do patrocinador. A negociação aponta para um contrato de R$ 24 milhões por ano, com duração provável de dois anos.
O patrocínio ajudaria o Flamengo a cumprir o parcelamento das dívidas fiscais, para que o clube mantenha as certidões negativas de débito, além de criar fôlego para alguns investimentos.
O clube ainda entende estar próximo do anúncio do atacante Marcelo Moreno como reforço. Entre o clube e o jogador, houve acerto. Com o Grêmio, um acordo inicial foi feito. Marcelo Moreno seria emprestado até o fim do ano, cabendo ao Flamengo exercer a opção de compra em outubro. Falta formalizar os termos. O clube gaúcho também não enviou a Fabiano Farah, procurador do atacante, uma comunicação oficial do acordo.
Para exercer a opção de compra, o Flamengo propõe abater o valor da compra de uma dívida, hoje de R$ 10 milhões, que o Grêmio tem com o rubro-negro pela compra de Rodrigo Mendes, há 13 anos. A ação está em última instância e, até aqui, o Flamengo ganhou em todas as esferas da Justiça.
No entanto, há também um emaranhado que o Flamengo quer decifrar. Os rubro-negros querem se certificar de que não terão, também, que assumir dívidas do Grêmio com o Shakhtar Donetsk pela compra de Moreno. Querem, também, saber se devem repassar algum valor ao Palmeiras, detentor de uma porcentagem dos direitos econômicos do jogador. A expectativa ainda é anunciar o acordo nesta semana.
Além de negociar com Marcelo Moreno, o Flamengo pode anunciar em breve outras duas contratações: o volante Diego Silva e o atacante Paulinho. Os dois disputaram o Campeonato Paulista pelo XV de Piracicaba.
Em campo, o time tem um desafio com estádio provavelmente lotado hoje, em Campina Grande. Além da presença do Flamengo, o fato de o Campinense ser o campeão da Copa do Nordeste causa grande mobilização entre os paraibanos. Uma multidão recebeu o Flamengo no aeroporto e mais de mil torcedores acompanharam o treino, no estádio Amigão.
O técnico Jorginho vai repetir o time que hoje considera como titular. Ele alertou para as dificuldades que espera encontrar hoje.
— Estamos com força máxima, o que é bom. Sabemos que será uma partida muito dura contra um time muito veloz e competitivo — disse Jorginho, que lamentou as condições do gramado do estádio Amigão.
O treinador disse contar ainda com a numerosa torcida que o Flamengo tem na Paraíba. No entanto, a expectativa em Campina Grande é de que a torcida local seja maioria hoje. O vencedor do confronto vai enfrentar, na terceira fase, Ceará ou ASA de Arapiraca-AL. O Flamengo estará automaticamente classificado caso derrote o Campinense nesta quarta por dois gols ou mais de vantagem.
Fonte: Extra Globo
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