Retirar um coelho de uma cartola nesta temporada está difícil para a diretoria rubro-negra. Embora tenha prometido uma grande estrela para o Campeonato Brasileiro, o clube esbarra no lado financeiro para concretizar o presente à torcida. No papel, há ideias para levar a patrocinadores e convencê-los para que banquem a chegada de um grande craque. Na prática, a diretoria sempre levanta a bandeira do projeto de sócio-torcedor do clube, garantindo que o montante arrecadado irá para o investimento em contratações. Em um mercado milionário, o valor ainda pode ser considerado baixo. Embora tenha cinco categorias de planos de sócio-torcedor, a arrecadação individual média é de R$ 50, segundo o vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Com são nove mil associados, o número chega a R$ 450 mil mensais. Deste total, 85% será destinado ao Flamengo, já que os 15% restantes pertencem à empresa Golden Goal, que administra o plano. Em miúdos: no momento o sócio-torcedor dispõe de R$ 382.500 por mês, ou cerca de R$ 3 milhões, para o departamento de futebol investir em contratações até o fim do ano. Os valores do recém-assinado contrato com a Caixa, em princípio, ficam fora da lista de reforços do elenco de futebol. A prioridade da diretoria é manter salários em dia e não perder as Certidões Negativas de Débito (CND) que possibilitaram o patrocínio estatal. “O dinheiro que está entrando no Flamengo está sendo cuidado sob o formato de caixa única. A gente está tomando cuidado para que a gente esteja na direção certa. Não vamos fazer loucuras. Vamos pagar as contas, pagar os salários em dia. Temos orgulho do que conseguimos fazer até agora. O único dinheiro do Flamengo que não está carimbado e que vai ser 100% utilizado no futebol é o sócio-torcedor. Tudo que sai do sócio-torcedor é dinheiro líquido que vai ser aplicado no futebol. Por isso, o torcedor vai decidir o quanto via ser investido”, afirmou Bap. Por algumas vezes, o clube foi ao mercado conversar com empresas sobre a possibilidade de quem grande reforço fosse bancado. A atual diretoria pretende montar o projeto antes de escolher alvo para não repetir o caso de Ronaldinho Gaúcho, quando a parceria com a Traffic, ainda sem estrutura final, foi anunciada e acabou ruindo. Segundo Bap, algumas empresas se manifestaram contra a ideia de patrocinar apenas um jogador. Outras se mostraram até receptivas e pediram um retorno sobre o alvo, ou melhor, o jogador tivesse sido escolhido. Kaká, do Real Madrid, foi sondado por ter empatia com a torcida, alto nível técnico e ser brasileiro. O craque disse não e o clube espanhol optou por um valor considerado impraticável. O plano foi abortado. Vice de futebol do Flamengo, Wallim Vasconcellos admite que a empreitada por um jogador de alto nível vai ficar difícil sem a participação de investidores. “Estamos esperando parceiros para buscar grandes nomes. Tem alguns que estamos pensando, vamos apresentar projetos para grandes empresas, se estiverem dispostos a apoiar, vamos trazer. Mas sem isso não temos condições neste ano”, afirmou Wallim. Por enquanto, o clube vai, em sua maioria, de apostas para o Brasileiro baseados no trabalho do analista de desempenho do clube, Rafael Vieira. Diego Silva e Paulinho, do XV de Piracicaba, já foram apresentados. Bruninho, do Atlético Sorocaba, assinou pré-contrato. O grande destaque deve ser, mesmo, Marcelo Moreno, do Grêmio. A expectativa é que os advogados do jogador dêem o aval nesta quarta e o jogador seja anunciado como o reforço rubro-negro. E aí Nação, o que vocês acharam? Comentem! Siga-nos também no