Desde os primórdios de minha vida esportiva escuto e leio algumas coisas e até aprendi com elas. São frases prontas, mas que se levarmos em consideração o que elas trazem de conteúdo poderemos concluir carregam verdades incontestáveis. Acompanhamos partidas em que exatamente o que dizem vira realidade. E os exemplos não são poucos. Uma delas: “Clássico é Clássico”. O time 1 enfrentando o time 2, mesmo que em situações opostas podem proporcionar surpresas, ou seja, nem sempre o que está melhor vence, aquele que lidera o campeonato pode perder para o lanterna da competição. Já cansei de ver isso acontecer, e apesar de não ser matemático é uma verdade sem dúvida nenhuma. Outra que levamos em consideração: “Técnico não ganha jogo”. Na minha carreira já vi técnico ganhar jogo e até campeonato. Nem sempre dentro das quatro linhas e nem depois de uma mirabolante modificação no esquema de jogo de seu time, mas na base da conversa de “pé de ouvido”. Aquela em que é acionado o que o jogador tem de mais profundo, a emoção. Agora a terceira: ” Time de camisa…”. Nesta eu acredito piamente. Camisa pesa e pesa muito, tradição no futebol deve ser respeitada ao extremo. Cansei de ver alguns times se vangloriarem de fases exuberantes, mas cairem diante de peso de camisa. Vou exemplificar: ano de 2000, Copa João Havelange, surge uma equipe imbatível, o caçula São Caetano… Passa como um rojão por inúmeros adversários, entre eles Palmeiras , Fluminense, e muitos outros grandes, até que chega na final da competição contra o Vasco da Gama. Depois de um acontecimento extra-campo em São Januário a partida é remarcada para o Maracanã, lotado, e o “Gigante da Colina” não toma nem conhecimento do “Azulão” e vence com facilidade, passeando com Juninho Pernambucano e Romario entre outros. Mais cedo, na Copa de 1974 na Alemanha, a extraordinária e assustadora Holanda passa por todos como um “trator” até encontrar pela frente a dona da casa tendo como base o time do Bayern de Munique…resultado vitória dos germânicos acabando e abafando a fama da “laranja mecânica”, mais uma vez a camisa pesou demais na partida. Em Campina Grande , aconteceu algo parecido, o Campinense, campeão do Nordeste recebeu o Flamengo e imaginou que poderia jogar de igual para igual e se deu mal. Perdeu o jogo e a consequente chance de classificação, que ficou muito mais dificil. Não vou chamar de “salto alto”, não chega a tanto, mas houve um pequeno descaso. O que a “Raposa” esqueceu, é do tamanho do Flamengo. Mesmo sem craques, Flamengo é Flamengo, a maior torcida do mundo e uma das camisas mais valorizadas do planeta. Tomou dois gols de Renato Abreu, ex-jogador em atividade, e ainda teve que suportar o fato de levar um “baile” no segundo tempo, e estar arriscada a perder de goleada. Resumindo, camisa realmente pesa e muito. Não adianta fugir dessa máxima. As outras até imagino que não se deve levar muito em consideração. Portanto, aqueles que como eu, acham que o Brasil já entra derrotado na Copa do Mundo por não ter uma boa equipe, cuidado ! podemos dar com a cabeça na parede, e ao me incluir nisso tudo passarei a ter um pouco mais de cuidado. Quem fala demais, dá bom dia a cavalo…aprendi isso um dia ! E aí Nação, o que vocês acharam? Comentem! Siga-nos também no