Nesse absurdo inaceitável que é o Rio de Janeiro estar há meses sem um estádio decente liberado para receber os jogos dos times cariocas, veremos nesse domingo um Fluminense x Botafogo em Pernambuco! Na bela arena feita para o Mundial, já usada na Copa das Confederações, mas muito afastada do centro de Recife, num local para onde, já se viu, os transportes são precários.
Me impressiona como aqui no Brasil tudo é feito pela metade ou, como se diz na gíria popular, “nas coxas”. A questão do acesso à nova Arena Pernambuco, por exemplo, repete erros cometidos no Rio com o Engenhão, onde nada do que fora planejado e prometido para o entorno do estádio se cumpriu: nem o alargamento das ruas de acesso, nem a criação de grandes áreas de estacionamentos etc.
É nessas horas que vivemos a maldição do jeitinho, do “arruma provisoriamente para as grandes competições e depois deixa de qualquer jeito”. E aí nos espantamos quando os estádios ficam vazios e a torcida prefere a TV à arquibancada.
Pelo fator novidade, talvez o clássico entre Flu e Botafogo arrebanhe um bom público hoje. Mas é claro que essa não pode ser a saída permanente, nem para os cariocas, nem para os elefantes brancos que estão sendo espalhados pelo Brasil afora.
Os melhores
Botafogo e Fluminense representam, atualmente, o que há de melhor no futebol carioca. São os dois times mais fortes do Rio, ambos estão no G-4 e são candidatos reais ao título brasileiro desse ano.
Com as voltas de Fred, Diego Cavalieri e Jean, diria que o tricolor tem leve favoritismo. Principalmente pela forma exuberante que atravessa o seu artilheiro, como se pode ver na Copa das Confederações.
Mas o Botafogo também possui uma equipe respeitável, onde o holandês Seedorf e o uruguaio Lodeiro são capazes de fazer a diferença. Certeza, portanto, só de um grande jogo.
O duelo entre Abel Braga e Oswaldo de Oliveira é outro fator que enriquece o clássico. Apesar da implicância crônica de suas respectivas torcidas, são dois dos melhores técnicos do Brasil na atualidade.
Perigo
Pedreira à vista para o Vasco, que vai ao Sul, encarar o Internacional de Dunga. Em posição ainda razoavelmente confortável na tabela (é o nono colocado, à frente do próprio Colorado, que é o décimo primeiro), o Vasco pode até se satisfazer com um empate no Beira-Rio. Mas terá que jogar, no mínimo, o que jogou na vitória sobre o Atlético-MG, em São Januário. Se entrar como entrou, no Morumbi, contra o São Paulo, periga levar outra goleada.
Lambança rubro-negra
Quem é, afinal, o responsável por essa incrível trapalhada na dispensa de Renato Abreu?
Fonte: Blog do Renato Mauricio Prado