Flamengo e Botafogo não fizeram um jogo brilhante, mas o clássico foi emocionante. No primeiro tempo, o alvinegro, muito superior, poderia ter liquidado a parada, tamanho o seu domínio. Já no segundo, praticamente só deu Fla e o golzinho salvador de Elias, nos acréscimos, fez justiça ao que se viu em campo. Os dois times, porém, deveriam tirar algumas lições importantes do clássico.
O Botafogo, por exemplo, recuou demais para um time que quer ser campeão e foi castigado por isso, deixando escapar a liderança do campeonato. Como se pode ver, continua a sentir a falta de um artilheiro de verdade. Apesar do belo gol de Rafael Marques, em jogada ensaiada com Seedorf, se houvesse um goleador nato, o Glorioso poderia ter garantido a vitória nos primeiros 45 minutos. Tal deficiência se fez notar até na segunda etapa quando, apesar de muito pressionada, a equipe de Oswaldo Oliveira chegou a ter em contra-ataques algumas oportunidades para decidir o jogo, mas não soube aproveitá-las.
Já para o Flamengo, o dever de casa é mais extenso e complicado. Gostaria muito de saber quem foi o gênio responsável por contratações como as de Val e Diego Silva. Ambos clones mal feitos do Amaral, que está na Gávea faz tempo. Só quando saiu o Diego e entrou o Luís Antônio a proteção à cabeça de área se acertou e os passes começaram a sair certos. O mesmo pode-se dizer em relação ao meio-campo, que passou a ter vida inteligente quando Adryan substituiu Gabriel. Não está mais do que na hora de Mano torná-los titulares? E também de a diretoria contratar reforços de verdade?
Paulo Pelaipe me garantiu, no domingo, que, ao contrário do que fora publicado nos sites de esportes, nunca disse que o grupo estava fechado. Que contrate, então. Mas, desta vez, bem…
Há ainda uma pergunta que não quer calar na Gávea: por que o Rafinha passou a ser quinta opção? É possível que tenha desaprendido?
Em tempo: da renda de R$ 3 milhões, coube ao Fla, após os descontos, R$ 1,2 milhão.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado