A escolha de Vanderlei Luxemburgo para substituir Abel Braga, no Fluminense, escancara uma triste realidade vivida pelo tradicional clube das Laranjeiras. Quem manda por lá não é o presidente eleito, nem o vice de futebol, nem o profissional contratado para dirigir o departamento. Quem manda mesmo é o patrocinador, que faz o que bem entende, até quando sua opinião é contrária a de todos.
Por mais que Peter Siemsen, Sandro Lima e Rodrigo Caetano queiram dizer o contrário – e certamente dirão, até por vergonha – a verdade é que nenhum deles era favorável à contratação de Vanderlei.
E tinham motivos óbvios e justos: são pífios os resultados obtidos pelo técnico nos últimos anos e o seu custo/benefício é desastroso, face aos salários milionários que exige e às contratações desmedidas que impõe.
Isso se repetiu, com péssimos resultados, no Palmeiras, no Santos, no Atlético Mineiro, no Flamengo e no Grêmio – clubes por onde passou nos últimos sete anos, sendo sempre demitido e recebendo multas rescisórias milionárias.
Para fazer valer a sua opinião, Celso Barros usou um argumento simples e típico dos ditadores: ou contratavam quem ele queria ou a Unimed, empresa que preside e patrocina o Flu há décadas, reduziria drasticamente os investimentos no clube. Pior: nas próximas eleições apoiaria um candidato de oposição.
Diante de tal ameaça, Peter Siemsen e seus pares abaixaram as orelhas, enfiaram a viola no saco e engoliram o sapo.
Melhor seria, então, que o Fluminense transferisse logo o comando central para a Unimed, pois a partir de agora, Siemsen mandará menos que Vanderlei.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado