Arthur Muhlenberg destaca limitação técnica do Flamengo e cita diretoria.

Amigos, fazemos parte, pelo menos a grande maioria, de uma torcida de megalomaníacos. É da natureza do rubro-negro após qualquer vitoria levantar a bandeira do “rumo a Tóquio” e por mais absurdo que seja em alguns momentos, gostamos de cultivar essa mania de grandeza. Usei esse traço da nossa personalidade pra entrar no tema sobre o qual me propus a escrever, a avaliação bipolar do nosso time a cada rodada.

Simples. Temos 10 reais na carteira e estamos com sede e fome. Vamos comer dois salgados e beber um refrigerante. Temos 50 reais, talvez façamos uma refeição melhor. E por ai vai… Hoje o nosso cofre não nos permite um jantar japonês requintado do tipo “rumo a Tóquio” e não há vergonha nenhuma nisso. Ou nas nossas vidas gostamos de esbanjar e no fim do mês não atender o telefone com medo de ser um credor? Se individualmente queremos viver com dignidade e honestidade, temos que exigir e valorizar que o Flamengo se comporte da mesma maneira.

Dito isso, será absolutamente normal que o Flamengo alterne atuações feijão com arroz, atuações bacalhoada caprichada e atuações coxinha de galinha. Vai jogar bem, vai jogar pro gasto e vai jogar mal. E o cardápio rubro-negro é tão variado que num mesmo jogo pode ter um tempo com fartura e o outro, pobrinho…

Vale destacar, na minha humilde opinião de torcedor de arquiba, que esse time tem algumas virtudes, entre as quais, a disposição e o respeito a camisa. Quando ganha, ganha correndo, suando e da mesma forma quando empata ou perde, os jogadores se entregam ao jogo. Falta talento, muito talento. Mas convenhamos, vimos muitas vezes equipes na Gávea com bons jogadores que eram absolutamente descompromissadas, vagabundas mesmo.

Foi um Fla-Sp sem tanta inspiração, mas durante os noventa minutos foi disputado com vontade. E daqui pra frente, quando enfrentarmos equipes bem melhores do que a nossa, provavelmente, só a disposição não será suficiente e ai a participação da torcida será fundamental. Não adianta reclamar do time. Esses caras não jogam mais porque não sabem. Quase todos jogam no limite das suas condições física, técnica e tática. Se ha alguém pra ser cobrado, esse alguém é a nova diretoria. Mas até aí, a cobrança tem que ter bom senso.

Voltemos no tempo. Dezembro de 2012. Os rubro-negros comemoraram a eleição da Chapa Azul. Renovaram a esperança de ver um clube melhor, um time melhor. Em oito meses de trabalho, nenhum título e um time medíocre, ok. Mas por que achar que em tão pouco tempo, a terra arrasada já estaria pronta e dando frutos? Impossível. Tá certo que o futebol não permite lá muito tempo e as reações são sempre mais apaixonadas do que racionais. Só que no nosso caso, em oito meses, só teríamos um super time se um milionário árabe resolvesse investir uns trocados por aqui. Aliás, eu não gostaria de ver o Flamengo ser comprado por um árabe ou por um plano de saúde.

Vale quanto pesa. Sem alimentar falsas expectativas, não consigo acreditar no titulo brasileiro. Mas também posso apostar que vamos passar bem longe da zona perigosa. Ha um comando serio de um treinador que acerta mais do que erra. Temos que nos divertir vendo o Fla esse ano, tentar reaproximar o time da torcida. E entender que pra dar um passo a frente, as vezes, é importante dar um passo atras e trocar a direção. Tem a Copa do Brasil, uma competição que pode acontecer de tudo, ganharmos ou sairmos com duas porradas do Cruzeiro.

Pra finalizar. Não quero aqui fazer campanha a favor ou contra ninguém, mas, de coração, vejo ótimas perspectivas pro futuro. Ja o nosso presente é insosso o que pros nossos padrões é bem pouco. Mas se tivermos boa vontade, esse pouquinho vai matar a nossa fome em 2013 e nos deixar com água na boca por um 2014 mais saboroso e farto.

Fonte: Urublog


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