E se um milionário comprasse o seu Clube?

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Quem não gostaria de ver o seu time repleto de craques e com condições de brigar por qualquer reforço no mercado da bola ? Qual torcedor não fica feliz quando se time está no centro da atenção midiática pelo que faz em campo ? Qual torcedor não sonha em ver seu time RICO ? O presidente licenciado do Santos, LAOR, disse certa vez que torcida não quer saber de dinheiro e sim de títulos. Discordo, principalmente agora com a nova fase do futebol brasileiro, onde alguns entram no campeonato para ser campeão, outros por uma vaga na Libertadores, e outros apenas para se manterem na divisão. Portanto muito dinheiro hoje é quase um título.
Com o crescimento dos rendimentos financeiros como um todo nos principais times brasileiros (verba vinda das cotas de TV e altos patrocínios) comecei a perceber que diversos torcedores passaram a encarar os contratos publicitários como se fossem um verdadeiro título. Não raro vi Corinthianos enchendo a boca para falar dos 30 milhões anuais da Caixa ou Flamenguistas se orgulhando de terem um polpudo contrato com a Adidas. Concordo que atualmente o dinheiro fala muito alto no futebol, tão alto a ponto de atrair milionários que usam nota de 100 para limpar a bunda, os grandes xeiques árabes, magnatas russos ou de qualquer outra nação que descobriram no futebol um novo hobbie, uma nova forma de gastar dinheiro, e claro… DE LUCRAR! O petróleo tem sua influência cada vez se acentuando através da participação de países árabes  e o Qatar vem se destacando, desde que conseguiu uma façanha inédita, a de sediar a Copa do Mundo de futebol de 2022, mesmo com 11.521 km² e uma população menor que a maioria das capitais brasileiras, de 1,5 milhão de habitantes.
Man City e PSG são provavelmente os mais famosos exemplos desse tipo de parceria. Percebam que os “barões” escolhem times que não estão bem no momento da compra justamente para “elevar” o padrão e receber os méritos por isso, só que ninguém é bobo, o time pode estar mal mas normalmente tem uma torcida apaixonada e com potencial comercial.  No Man City e adaptação entre investidor e torcida foi maravilhosa. Os SkyBlues jamais tiveram tanto status e jogadores renomados como agora, conquistaram o campeonato inglês em 2012 e começam a ter uma participação mais efetiva na Liga dos Campeões. Não menos importante, porém mais recente, o PSG que conta com uma parceria ainda mais rica (conta com o apoio governamental do Qatar) jogou mais gasolina na fogueira árabe ao contratar estrelas a peso de ouro como Ibrah e Thiago Silva além de a cada janela estar ameaçando todos os times do mundo, prometendo pagar a rescisão de todos os grandes craques. O título francês e a boa passagem na Champions é um indício do bom trabalho baseado não somente em craques consagrados como em bons valores jovens tais como Verrati e o zagueiro brasileiro Marquinhos. O Chelsea é talvez o clube mais vitorioso dentre todos os que adotaram esse modelo de investimento. Roman Abrahmovich, um apaixonado por futebol (segundo Mourinho o cara assiste uns 5 ou 6 jogos todo final de semana) torrou uma grana sem precedentes no clube fazendo o mesmo conquistar troféus pela Inglaterra e o tão sonhado título europeu. Mas a questão toda dessa bagaça de texto que estou escrevendo é: Isso daria certo no Brasil ?
Segundo Txiki Begiristain ex-diretor de futebol do Barcelona e hoje exercendo a função no City, no Brasil é mais complicado ter essa metodologia de investimento pois os clubes possuem conselho deliberativo o que faz com que todas as decisões tenham funcionalidade não apenas técnica mas também política. O diretor termina perdendo muito tempo precisando agradar muitas vozes e egos dentro do clube enquanto poderia estar trabalhando. Fora isso temos que colocar nesse embrolho aí as péssimas consequências geradas em duas parcerias: Parmalat/Palmeiras e MSI/Corinthians. Ambas trouxeram títulos, grandes jogadores e altíssima visibilidade para as esquipes, mas as parcerias passam e os clubes continuam, o resultado foi desastroso para os dois times. Depois do fim da parceria o Palmeiras pereceu sem grandes títulos e amargou 2 rebaixamentos. O Corinthians, além de investigado por lavagem de dinheiro (sim, o clube está no processo) também terminou rebaixado se reerguendo apenas após uma completa reestruturação. Esse medo cresce no torcedor quando olhamos para o Anzhi e o Málaga, dois times que depois de comprados e melhorados tiveram suas políticas de transferência completamente alteradas passando a investir na economia total, afastando os grandes craques desses times. Por último, ainda temos que relevar o fato de torcedores brasileiros normalmente gostarem do time mais por sua história do que por seu momento. Eu por exemplo passei a torcer para o City na Inglaterra DEPOIS da compra do Sheik, bem como para o PSG na França. Não que eu goste do time, eu quero é que a parceria dê certo, no fundo eu não estou nem aí se as coisas derem errado, não vou sofrer por isso. Já aqui no Brasil, se algum investidor “afundar” meu time vou torcer fervorosamente para que um mal muito grande atinja as finanças do cara e vou desejar tudo de mal para ele. Esse pé atrás do torcedor brasileiro e as mal fadadas tentativas com Corinthians e Palmeiras impedem o mercado brasileiro de entrar no radar dos grandes investidores árabes e russos. D’além mais a cultura brasileira em vender atletas muuuuuuuuuuuito mais do que comprar faz com que esses caras pensem mais em comprar o passe de jovens jogadores do que comprar times. Até porque “dono” de jogador não paga o salário portanto não tem custo algum com o atleta.

Algumas parcerias entre empresas como Audax-Pão de Açúcar, agora vendido para o Banco Bradesco, começam a surgir com boas perspectivas. Red Bull Brasil e Desportivo Brasil também são outras agremiações que aos poucos galgam patamares maiores ao decorrer dos anos através do investimento majoritariamente de empresas particulares (leia-se investidores). E você prefere ter uma parceria dessas no seu time e correr o risco de cair vertiginosamente depois ou prefere apostar na tradição e o tradicional “sofrimento” que aumenta a paixão do torcedor no futebol ?
Fonte: Nação Bola

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