O que tinha o Flamengo? O Maracanã, sua torcida e Elias.

Não se pode negar que a maior virtude dos flamenguistas é saber esperar o milagre. E só reconhece um milagre quem o espera.

É apenas isto – e nada mais – o que justifica o pujante otimismo rubro-negro que visitou o Maracanã na fria e derradeira quarta-feira de agosto em que Elias, o Profeta, derrotou o Cruzeiro.

O otimismo era tamanho que nem mesmo se contava com a presença do Profeta em campo. Os 47.103 pagantes foram à Maracarena dispostos a sonhar com o desencanto de Rafinha, a canela brocadora de Hernane, e os gols marcelos de Moreno: o que custava ganhar de 1 a 0 do Cruzeiro, afinal?

Muito. O Cruzeiro é líder do Brasileiro, é o único ataque do Brasileiro com mais de 30 gols (são 33), tem um elenco com mais qualidade. Mesmo que a Copa do Brasil não tenha nada a ver com o Brasileiro, os celestes dominaram inapelavelmente o jogo de ida e só tomaram o gol num lance bobo. Provavelmente os mineiros irão à Libertadores no ano que vem.

O que tinha o Flamengo? O Maracanã, de onde andou exilado rodada após rodada, sua torcida e Elias.

No Fla, Elias é um médico cubano numa terra sem a menor infra: personifica sobretudo a esperança. Quando seu chute preciso, de chapa quentíssima, traça uma curva sutil, suficiente para envolver Dedé e morrer nas redes de Fábio. Aos 43 minutos do 2o. tempo, o minuto celebrizado por Petkovic, Elias pôs o Flamengo nas quartas de final da Copa do Brasil contra o Botafogo e lavou com suas lágrimas as almas dos 7,5 bilhões de rubro-negros que povoam o planeta, com ou sem consciência de suas condições.

Muito embora seja permitido ao torcedor se enganar sempre que possível, quem viu o jogo além de torcer percebeu a inoperância do ataque, a solidão de Marcelo Moreno, a falta de contundência, o excesso de chuveirinho e uma série de defeitos que quase puseram tudo a perder. Não fosse os 47 mil abnegados, esse time não tinha se classificado nem para o segundo tempo. A entrada de Paulinho e a espetacular saída de Felipe, bloqueando a penetração cara a cara de Vinícius Araújo pouco antes do gol, evitou um roteiro que poderia gerar descrentes, ateus e renegados.

Mas aí não seria o milagre tão esperado. Hoje, no Flamengo, o número 8 é, mais do que nunca, o infinito visto de pé, que Elias exibe tão bem na foto acima, de Alexandre Vidal/Fla Imagem.

Mas é preciso ajudá-lo, já que, suspenso, o Profeta não enfrenta o Botafogo. Tanto melhor. Para o coração rubro-negro e sua crença nos milagres, apenas mais um motivo para revisitar o que Jesus disse no Evangelho de Marcos 9:12:

E, respondendo ele, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e todas as coisas restaurará.

Fonte: Blog do Márvio dos Anjos


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