Bastou-se apenas duas rodadas para o Flamengo ir do céu para o inferno e depois, do inferno para o céu. Primeiro, na quarta-feira, uma derrota categórica de 3 a 0 para a boa equipe do Bahia. Depois, a redenção no domingo com um 3 a 0, agora a favor, diante do campeão das Américas, o Atlético Mineiro.
Então surge uma pergunta: Qual é o verdadeiro Flamengo? O de domingo? Ou o de quarta-feira?
Se você é um torcedor otimista ao extremo, provavelmente sua resposta será o de domingo. Se é um pessimista com tudo, o de quarta. Mas a minha resposta não é nem o de domingo e nem o de quarta-feira. Minha resposta é: OS DOIS!
Desde que Eduardo Bandeira, Wallim Vasconcellos e cia foram os escolhidos para dirigir o Clube de Regatas do Flamengo, foi anunciado que haveria um grande corte de gastos para começar a sanar as dívidas acumuladas por gestões anteriores. E, querendo ou não, isso afeta diretamente no campo e bola, pois sem recursos, as opções para fortalecer o elenco se tornam cada vez mais escassas.
Hoje, a equipe do Flamengo tem seu plantel formado, em sua grande maioria, por garotos da base ou jogadores que não emplacaram em outros clubes, como por exemplo: Marcelo Moreno, Chicão, Adryan, Rafinha e Nixon. E ainda tem mais um agravante que é a formação de um time no meio de um campeonato tão difícil como o brasileiro.
Por isso que as oscilações andam acontecendo. Se olharmos para o topo da tabela, com exceção do Cruzeiro, todos eles tem uma equipe que já vinha se formando desde o ano passado e nesse ano trouxeram algumas peças para fortalecer o elenco, como o Botafogo e o Coritiba. Já o Flamengo, tem sido comandado por Mano Menezes há pouco mais de um mês e já ficou provado que os técnicos precisam de tempo para implementar no time seu estilo de jogo.
Semana passada, Mauro Cézar Pereira, jornalista da ESPN, postou um artigo em seu blog dizendo que em tempos de reconstruções, o rebaixamento pode ser inevitável. E eu concordo completamente com ele, pois PODE SER que seja inevitável, como aconteceu com Corinthians, Grêmio e Palmeiras. Mas temos exemplos diferentes, como o Internacional, em 2002, que quase foi rebaixado, mas conseguiu se manter e a partir daquele ano, começou sua saga de vitórias com duas conquistas continentais e uma mundial.
É por isso que eu peço a você, torcedor flamenguista (ou rubro-negro, se preferir), que quando o Flamengo perder, não faça uma caça às bruxas e quando ganhar, não o coloque como o melhor time do Brasil no momento. O que o “oscilante” Flamengo mais precisa nesta temporada é o apoio do torcedor, pois este time é capaz de fazer atuações bisonhas como a contra o Bahia e também ter atuações impecáveis como a contra o Galo. Mas com o apoio do torcedor, sabemos que ficamos muito mais fortes e fazemos com que o time jogue tudo aquilo que sabe (e às vezes até o que não sabe) para alcançar as vitórias que precisamos.
Saudações Rubro-Negras,
Fred Henauth
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