Fala Nação!
Alguns dias antes do jogo, eu já havia comentado com alguns amigos: “Esse é o jogo que gosto de ir. Porque além de ser um jogo decisivo, é um jogo em que o Mengão entraria como azarão, contra todas as expectativas.. se perder, é porque enfrentou um time mais qualificado, mas se ganhar, será épico… e é exatamente nesse tipo de jogo que nos saímos melhor que qualquer outro”.
Ansioso, comprei o meu ingresso assim que a venda pela internet abriu. Enchi o saco dos meus irmãos para que garantissem logo o deles também. Sabia que valeria a pena, nem se fosse apenas para gritar Mengo, e participar de um dos maiores espetáculos do planeta, que é a festa dessa torcida. Afinal, todo rubro-negro sabe: nós não vamos ao estádio apenas para ver o jogo, vamos para curtir a nossa torcida também.
Cheguei cedo, acompanhei o estádio lotando aos poucos, e já garanti a rouquidão da garganta antes mesmo do jogo começar, de tanto cantar. A atmosfera estava formada, só faltava agora os jogadores pegarem essa energia a seu favor e passar por cima do adversário. Quando o jogo finalmente começou, rapidamente relembramos que o time é fraco, limitado e carente de muita coisa… mas também percebemos que não iria faltar raça, disposição e suor. Não dessa vez. E o Flamengo foi pra cima do Cruzeiro, imprensando os mineiros em seu campo. Obviamente não sem levar sustos, devido as nossas limitações, mas a postura do time em campo indicava que a noite poderia ser nossa. E dá-lhe domínio territorial sem finalizações reais ao gol, um problema crônico nosso. E dá-lhe sustos na bola aérea, outro problema mais crônico ainda. Após o fim da etapa inicial, estávamos preocupados, mas confiantes na vitória, apenas pelo fato da disposição mostrada em campo. Aprendam jogadores, é isso que a torcida do Flamengo mais aprecia!
E os 45 minutos finais? Teste de cardíaco até para os mais jovens. Um começo elétrico, massacrando o Cruzeiro, dentro e fora de campo. A postura ofensiva chamou a torcida, que veio pra cima de uma forma tal que o nervosismo dos cruzeirenses ficou evidente, sentiram demais a nossa força e encolheram-se na defesa torcendo para o jogo terminar. A torcida cantava, o Fla desperdiçava chances, o tempo passava… o gol anulado do Carlos Eduardo, em jogada no mínimo duvidosa, aumentou ainda mais o desespero.
O time começou a cansar depois de tanta correria, e o Cruzeiro chegou a ameaçar algumas vezes, tendo inclusive um gol (bem) anulado que representaria o nosso fim naquele momento. Por mais que cantássemos, os erros em profusão de João Paulo e André Santos, além da até então inoperante atuação do Rafinha, começaram a causar irritação. Mas em nenhum momento perdeu-se a esperança! Sentíamos que algo espetacular estava reservado para nós naquela noite…
Eis que, no eterno minuto mágico de Petkovic, aos 43 do segundo tempo…. o futuro volante da Seleção Brasileira na Copa e atual craque do time de maior torcida do planeta recebeu passe açucarado de um iluminado Paulinho pela direita e chutou de rosca para o gol mais emocionante de sua carreira! Elias fez a diferença novamente, e fez o Maracanã explodir. Que saudade a Nação estava de um jogo como esse, uma vitória importante e dramática em um Maraca lotado!
Não sei se temos time para ser campeões, pelo menos neste momento, nem se apenas a espetacular atuação da torcida seja capaz de igualar nosso time aos demais adversários. Mas quem sabe a gigantesca moral que ganhamos não proporcione uma confiança extra capaz de alavancar o futebol da equipe? Vamos voltar com tudo para o Brasileirão e melhorar nossa pontuação enquanto aguardamos ansiosamente por nosso próximo adversário, ou melhor, nossa próxima vítima. Botafogo, pode esperar….
SRN,
Felipe Gabrielli.
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