Arthur Muhlenberg: Quero ver se você é homem, mané!

Ser Flamengo é muito maneiro, mas é também uma grande responsabilidade. Não sei como é nos outros times, aliás, nem quero saber. Mas o rubronegrismo é avaliado com base nos filhos, e não nos pais: não basta ser educado como flamengo para sê-lo, também é preciso criar os filhos como tais. Em outras palavras, para todo homem, flamengo ou não, o mais importante não é o que ele recebe, mas o que transmite. Portanto, a maior responsabilidade de um homem é transmitir o seu saber à geração seguinte.

Tenho um amigo que é Flamengo que tem outro amigo que é Flamengo também. Esse amigo do meu amigo, que é um adorável canalha, está ensinando o filho dele de menos de 5 anos a ser Flamengo. Ele veste o seu Manto Sagrado, veste o menino com o respectivo mantinho, vai pra sala e com a ajuda do moleque afasta a mesinha de centro, deixando uma área livre sobre o tapete.

Aí o amigo do meu amigo abre os braços como quem chama para um abraço e o filho do amigo do meu amigo que está aprendendo a ser Flamengo avança com decisão e alegria em direção ao abraço carinhoso do papai. E quando o filho está bem próximo dos braços abertos o pai, que é outro canalha ainda mais espetacular, se afasta ligeiramente para o lado e dá uma banda no próprio filho.

O moleque cai de cara no tapete e levanta querendo chorar mas o amigo do meu amigo não deixa, ele abre os braços de novo e seu filhote bem vestido corre pro abraço. Para mais uma vez ser fintado e levar outra rasteira. O moleque cai, levanta, dá uns tapinhas pra tirar a poeira do Manto e sem chorar começa tudo outra vez numa coreografia que se repete por umas 10 ou 15 vezes. E após cada queda o moleque parte em direção aos braços do pai com mais vontade, com mais fúria, gritando cada vez mais alto.

Esse amigo do meu amigo está provando que é um pai exemplar. Que sabe ensinar a ser Flamengo como os grandes mestres. Ele percebeu que não dá pra ensinar ninguém a ser Flamengo sem prepara-lo para as bandas e rasteiras que o próprio Mengão às vezes (de vez em sempre) nos aplica na mais pura crocodilagem. E o mais importante, mostra pro filho que essas bandas não impedem que gritemos cada vez mais alto.

O Flamengo é o papai. É bonito, é forte, pega mamãe e tudo. Mas o Flamengo é também o cara que dá banda na gente. E o quanto antes tomarmos conhecimento desse fato, melhor pra nós.

A evolução continua, a raça se aprimora. E assim criamos um filho para que seja sempre um vencedor. E enquanto você lia isso, outro gol do Brocador.

Fonte: Urublog


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