O Flamengo estreou na Copa do Brasil contra o Remo com vitória por 1 x 0 com Jorginho no banco de reservas. Classificou-se para as quartas-de-final sob o comando de Mano Menezes e pode garantir lugar na decisão com Jayme de Almeida na função de treinador. Igual a 2006, quando Valdyr Espinosa e Waldemar Lemos esquentaram o banco para Ney Franco ser campeão da Copa do Brasil.
PVC destaca concentração e ambiente de campeão no Flamengo.
Tem coisas que dão certo no Flamengo. Efetivar Carlinhos depois de fazê-lo interino no início da Copa União de 1987. O mesmo Carlinhos que passou pelo banco de reservas em 1983, antes de Carlos Alberto Torres ser campeão. E que voltou em 1991 para ganhar o estadual do Rio e o Brasileirão 1992.
Nas duas campanhas, Carlinhos dirigia um time apontado como fraco. Parece inacreditável, mas o Atlético Mineiro dirigido por Telê Santana chegou à semifinal contra o Flamengo como favorito. O Fla era azarão, apesar de ter Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho.
Também era azarão contra o Vasco na fase semifinal de 1992 e na finalíssima contra o Botafogo. Ninguém dava bola para o Flamengo em 2009, antes de Adriano e Petkovic começarem a jogar pelo técnico Andrade. Jayme de Almeida repete um pouco dessa história. O Flamengo não ganhou nada ainda, mas uma manhã na concentração rubro-negra e percebe-se o ambiente ao mesmo tempo leve e concentrado, típicos dos campeões.
Isso se revelou em campo. O Flamengo fez um primeiro tempo de quem sabe o que quer. Paciente, sereno e cirúrgido. Talvez seja porque Jayme de Almeida definiu o papel de cada um, quem é titular e quem não é. Ou talvez por ter dado carinho em vez de broncas a um grupo de jogadores que precisava de confiança. Jayme é o seu vizinho que ficou milionário e, de tão gente boa, você não consegue nem sentir inveja. Como é que seus jogadores não iriam jogar por ele?
Fonte: Blog do PVC
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