Carlos Eduardo e torcida: Uma relação difícil de ser explicada.

Carlos Eduardo, talvez, tenha feito os seus sessenta melhores minutos com a camisa rubro-negra, na tarde desse domingo, contra o Corinthians. Buscou espaços, praticamente não errou passes, inverteu jogadas, chutou a gol e por muito pouco não deixou sua marca em belíssimo arremate de longe. Fosse outro qualquer jogador do elenco, sairia de campo aplaudido e com o orgulho do justo reconhecimento por parte da torcida. Mas não com Carlos Eduardo. O camisa 20 do Fla jogue o que jogar, faça o que fizer, parece fadado a sofrer uma perseguição tão cruel, quanto tola, poucas vezes acompanhada no futebol.

Os argumentos são repetitivos e soam pueris: “ganha 500 mil”, “ele não dá carrinho”, “não tem cara de jogador do Flamengo”, bradam os seus raivosos e inúmeros críticos. Será que parte da torcida, de fato, idealiza que seríamos imbatíveis se entrássemos em campo com 10 Amarais ou Hernanes ? Não me parece razoável, nem inteligente seguir essa linha de raciocínio.

Me intriga, sobremaneira, se todos os torcedores que o espinafraram na sua saída de campo (sim, foi isso o que aconteceu, com esparsas exceções) achariam justo sofrerem julgamentos em seus trabalhos, não por determinado resultado apresentado, mas por divergências pessoais tolas. Qual o tipo de motivação a ser encontrada, quando se deita a cabeça no travesseiro, certo de ter dado o seu máximo com dignidade, sem covardia e o único som que reverbera é o de vaias e xingamentos imotivados?

Ainda que não conseguíssemos proporcionar uma trégua a essa relação por conta de boas atuações do jogador, não seria maduro e pertinente que se desse um tempo, em razão de estarmos prestes a conquistar um título nacional ? Será que nosso clube, nossa instituição não se encontra acima de eventuais picuinhas com esse ou aquele? Não temos maturidade e discernimento para unirmos nossas forças em prol de um objetivo maior e deixarmos questões menos relevantes de lado? São incontáveis perguntas que deixo para que se promova uma reflexão. E, por fim, um singelo pedido: Apoiemos irrestritamente todos que envergarem o manto sagrado na gloriosa quarta-feira, pois como sabemos e gostamos de propagar , o Flamengo é maior que tudo e todos.

Rodrigo Pimenta

Coluna do Flamengo

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