Vejam que a redução não é automática. Acontece “a seu exclusivo critério” (da Adidas). E mesmo assim só aconteceria “no ano imediatamente subsequente” (do ano que não jogar). Acontece que o Flamengo está classificado para a Libertadores da América, principal competição sul-americana, e não disputaria a Copa Sul-Americana de qualquer forma. Nesse caso ficar em 5º ou 16º tem o mesmo significado. Em nenhuma parte do contrato diz que o Flamengo “tem que ficar em 13º”. O que aconteceu foi uma grande confusão na imprensa, que no início do contrato leu “se não se classificar para a Copa Sul-americana”; daí fez as contas “para se classificar para o torneio tem que ficar em 13º”. A partir daí passou a repetir a premissa: “se não ficar em 13º não se classifica para a competição e tem multa”. É uma inverdade que contada à exaustão virou verdade absoluta. Nem sequer pararam para pensar: “mas classificando para a Libertadores não disputa a Sul-Americana, desta forma não há sentido na multa”. Mesmo assim a multa não é obrigatória e dificilmente seria cobrada. Resumindo: não há multa automática, nem sequer obrigatoriedade de ficar em 13º lugar. O que há é um desejo explícito da Adidas que o Flamengo sempre participe das competições sul-americanas, para expor a marca pelo continente. E este desejo será realizado. Nada mais.
Programa “Anjo da Guarda Rubro-Negro” Nos meses de agosto e setembro o Flamengo conseguiu ter aprovados diversos projetos para os esportes olímpicos. A verba para estes projetos viria através de Incentivos Fiscais, estaduais e federais, de modo que cada torcedor poderia destinar parte do seu imposto de renda para os projetos, no limite de 6% para pessoas físicas e de 1% para jurídicas. Somados, estes projetos poderiam trazer ao clube o total de R$ 27.267.323,54 (mais de vinte e sete milhões de reais). Até aí tudo bem, parecia que tínhamos resolvido todos os problemas da base olímpica do Flamengo. 27 milhões de reais, somente para formação de atletas, parece um valor bem considerável. O grande problema é que a data limite para as doações se encerra no dia 27 de dezembro (por coincidência o mesmo dia do julgamento do recurso no STJD), e até o momento foi arrecado apenas R$ 943.305,67 (novecentos e quarenta e três mil, trezentos e cinco reais e sessenta e sete centavos), segundo dados oficiais no site do clube. O maior problema de todos é que, para poder usar o dinheiro e ter seus projetos efetivamente colocados em prática, precisa-se arrecadar um mínimo de 20% em cada projeto, o que representaria cerca de cinco milhões e meio de reais. Caso não consiga arrecadar este valor até a data limite, os valores não vão para o Flamengo e sim para os cofres da União. Ou seja, os projetos seriam um fracasso. Como no site oficial estão apenas as doações de pessoas físicas, torço para que o clube tenha uma carta na manga com patrocinadores e pessoas jurídicas que também tenham doado. Vou torcer muito para que no dia 27 seja anunciado que o Flamengo conseguiu arrecadar um valor considerável para que iniciemos nossa reestruturação nos esportes olímpicos. Mas a principio a situação é bem preocupante, até porque a diretoria não tem dado declarações de que esteja próxima do valor mínimo exigido.