Quem não entendeu, Mano?

Em sua declaração de despedida, a surpreendente decisão foi justificada assim: “… não consegui passar para esse grupo aquilo que penso sobre futebol…”.

Pode-se, a partir de suas palavras, deduzir de duas maneiras o ocorrido: o senhor possui preocupante dificuldade de comunicação ou os jogadores sofrem de déficit cognitivo crônico.

Se aceitarmos como verdadeira a primeira hipótese, o que se espera de um renomado e professoral treinador de futebol? Caso acredite na capacidade do grupo, identificar o problema, como fez, e buscar uma abordagem que leve sua equipe ao entendimento. É, talvez, a habilidade mais importante de um líder em qualquer área de atuação.

Quando pensa que o problema está na limitação do time, nenhum esforço maior parece ser suficiente para mudar o estado das coisas.

Parece ter sido esta a sua linha de pensamento, professor Mano. Ao abandonar o time a um passo da zona do rebaixamento, após derrota desmoralizante, deu seu recado: os jogadores não são capazes de assimilar suas ideias sobre o futebol.

Difícil entender sua arrogância e prepotência sem uma linha sequer em seu currículo que ao menos justifique desprezível comportamento. Explique-me as quinze escalações diferentes em dezessete partidas no campeonato nacional. Ajude-me a interpretar aqueles quatro gols sofridos contra o Atlético-PR. E aquela escalação inovadora na humilhante derrota para o Bahia?

Quem não entendeu, Mano?

Jayme entendeu. O auxiliar humilde, observador atento, jogou, estudou, estagiou. Não pulou etapas até aceitar vestir a jaqueta de treinador. De imediato, mudou o esquema de jogo. Viu que Amaral e Hernane eram melhores que Cáceres e Marcelo Moreno. A quantidade de gols feitos subiu 2%. Os sofridos caíram 40%. O aproveitamento do time subiu de 50% para 78% em apenas seis jogos.

Os jogadores entenderam. Aprenderam o que é o Flamengo. Conheceram a força irresistível da união de raça, amor e paixão. Lutaram, brigaram, choraram. Elias e Davi entenderam a importância do carinho de uma multidão. Paulinho compreendeu que entrega e disposição transformam um jogador em ídolo. Amaral aprendeu a chutar. Hernane entendeu que a torcida vive de gols e tratou de alimentá-la todo jogo.

Três meses se passaram, Mano. Time livre da ameaça do rebaixamento, tricampeão da Copa do Brasil, um esquema de jogo e escalação que qualquer um dos sessenta mil sócios torcedores e quarenta milhões de apaixonados têm na ponta da língua. Difícil de entender? O Jayme te explica.

FLAVIEW

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