Se comprovado a autenticidade do documento, o caso, agora, virou caso de polícia. A proposta da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para que a Portuguesa aceite dinheiro emprestado em troca de jogar a Série B é de um amadorismo que não me assusta por vir de quem vem.
Nossos cartolas se superam a cada dia que passa. Dão mostras de que são a incompetência personificada.
Como alguém pode oferecer um empréstimo em troca de se abrir mão de um legítimo direito de lutar para permanecer na elite do futebol brasileiro? Pior do que o ato em si, que é repugnante, os caras colocaram no papel! (veja foto reprodução).
É muito amadorismo, volto a dizer.
De todo o modo, mesmo que a Portuguesa aceite esta proposta indecente, o grande problema da CBF não é o time paulista, mas sim o Ministério Público de São Paulo, que investiga por que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) levou em conta o CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e não o Estatuto do Torcedor no momento em que penalizou a Portuguesa e o Flamengo.
Qualquer advogado de porta de cadeia sabe muito bem que o Estatuto do Torcedor, por ser lei assinada pelo presidente da República, se sobrepõe ao CBJD, que é apenas uma norma administrativa.
Desta forma, digamos que a Lusa aceite esse “suborno” (se comprovada a veracidade do documento, volto a ressaltar), se a Justiça comum comprovar que o STJD errou em seu veredito, a decisão de se tomar quatro pontos da Portuguesa torna-se nula e a Lusa não seria rebaixada.
Volto a dizer: o maior problema da CBF não é a Portuguesa, mas sim o Ministério Público paulista.
Esses novos fatos que vêm a público neste momento, através de reportagem da ESPN-BR, esses novos fatos irão dar mais subsídios ainda neste caso que sai da esfera esportiva e vai para a Justiça comum.
Se comprovado tudo o que foi mostrado, o caso agora foge do campo esportivo e entra na esfera criminal.
Cadeia para os malandros!
Fonte: Blog do Sormani