O Conselho de Administração do Flamengo aprovará ou não nesta quarta-feira o empréstimo de R$ 27 milhões solicitado pelo clube à empresa que administra o Maracanã. A apreciação, na verdade, analisará dois contratos envolvidos e que contemplam o valor integral.
Parte do montante – R$ 9 milhões – será concedido a partir da cláusula terceira do acordo entre as partes e que fala sobre adiantamento de receitas. A partir do contrato de mútuo – uma espécie de documento que especifica as condições do empréstimo – está previsto que o consórcio terá direito a 35% da renda das bilheterias nos próximos três anos para reaver o valor.
Um outro contrato nomeado como “uso de marca” e que foi mantido sob sigilo após a aprovação do acordo, no início deste mês, prevê o repasse de mais R$ 18 milhões.
Neste caso, o Maracanã seria ressarcido durante o período de três anos com 100% da receita gerada pelos camarotes. Esta arrecadação não consta no borderô.
Os dois empréstimos, apesar de preverem pagamentos de maneiras distintas, cobrarão juros idênticos. Para ambos os casos, serão incididos 157% a partir da taxa de juros CDI, que é muito usada pelos bancos e está cotada a 0,78 ao mês.
Os contratos serão analisados primeiramente pelo Conselho Fiscal. A reunião está prevista para começar 18h. Posteriormente, por volta de 19h30, o Conselho de Administração definirá se o Flamengo poderá receber o montante da empresa que administra o Maracanã.
Contrato com a TV é dado como garantia
Nas especificações do contrato em relação ao empréstimo de R$ 9 milhões, a empresa que administra o Maracanã fez exigências quanto ao pagamento e o Flamengo inseriu o contrato de direitos de transmissão da televisão como garantia ao consórcio.
Tal pedido por parte do Maracanã se deu porque o pagamento do valor está restrito apenas a 35% da arrecadação em bilheteria.
Além disso, a empresa também quer que o Flamengo apresente a cada três meses um relatório sobre a saúde financeira do clube com auxílio de auditores. O clube avisou que desde 2013 há a divulgação trimestral do balanço financeiro.
Vale lembrar que em 2013, o Rubro-Negro solicitou um adiantamento de R$ 27 milhões com o Maracanã, mas teve o valor negado pelo presidente do consórcio, João Borba, por conta das condições estabelecidas na primeira versão do contrato com o clube. A diretoria rubro-negra, na época, precisava deste valor para fechar o ano financeiro com tranquilidade.
Fonte: Lancenet