Libertadores massacra os decadentes estaduais.

Jornalista deve ter como referência a realidade.

Não pode vender sonhos baseados em situações inexistentes.

A televisão em programas que não têm proposta de informar, o cinema, teatro, a literatura e a música, se os seus diretores, escritores e compositores quiserem, têm o privilégio de criar o mundo diferente e fazer as pessoas sentirem o prazer da ilusão.

Uma das mágicas do jornalismo esportivo é que a própria realidade do futebol, por causa do sonho do título e da simples perspectiva de uma vitória,  permite ao profissional da área trabalhar de maneira técnica, realista, e mexer com as emoções de quem adora o assunto.

O futebol vive de sonhos e pesadelos.

A conquista ou a perda do estadual, para as grandes equipes, não é nem um nem outro.

Claro que todo mundo deseja vencer, mas a reação do público explica o tamanho dessa vontade.

No Rio de Janeiro

O Botafogo, que não costuma ter o apoio em massa de seu torcedor, colocou 32.201 pessoas no neo-Maraca para o confronto que venceu por 2×0 contra o San Lorenzo.

Diante do Deportivo Quito, quando precisava vencer para disputar a fase de grupos da Libertadores, 50.638 apoiaram o Glorioso.

A média de público no torneio continental é de 41.419,5

No estadual, a soma do público presente nos jogos com mando do Alvinegro é de 9.639(média de 1927,8 por jogo).

Lógico que a volta à Libertadores após 18 anos de ausência serve como estímulo e o preço do ingresso obriga o cidadão a escolher qual partida vai assistir, mas a diferença de quantidade de gente de uma competição para a outra e principalmente de intensidade nas reações quando a equipe está em campo pelo campeonato carioca e no torneio sul-americano, mostra que o sonho de vencer o torneio continental e o prazer de vivê-lo são as razões da opção do botafoguense.

O flamenguista tem a mesma preferência dos seus rivais cariocas.

O público presente nos cinco jogos, entre eles um Fla-Flu, em que foi mandante no estadual, até agora foi de 51.201 (média de 10.240,2)

Ontem, o Flamengo disputou seu primeiro jogo dessa Libertadores, o segundo da fase de grupos, no Rio de Janeiro.

Mesmo com ingresso caro (média de R$51,87 por pessoa), 34726 se dispuseram a pagar na vitória por 3×1 diante do Emelec.

Em Minas Gerais

O Cruzeiro, equipe que oferece ao seu torcedor os atrativos a mais de ver futebol bonito e a manutenção do elenco campeão brasileiro, tem público pagante de 38.801 nas quatro partidas do estadual (média de 9.700,25).

Na Libertadores, competição da qual a agremiação celeste é habitué, mesmo jogando às 17h30 de terça-feira, 27.757 pagantes (29.120 presentes) foram ver a goleada de 5×1 contra a Universidad de Chile.

O Galo, que já recebeu o Cruzeiro e o América, confrontos mais atraentes para seus torcedores, soma 42.499 pagantes em nos quatro jogos no Horto pelo campeonato mineiro (média 10.624,7).

Ontem, na primeira partida em casa na Libertadores, 14.669 compraram ingressos e viram a dramática vitória por 2×1 diante do Santa Fe.

No Rio Grande do Sul

O Grêmio disputou cinco jogos como mandante no campeonato gaúcho, o clássico diante do Internacional que costuma atrair bastante gente foi um deles, e recebeu 62.593 torcedores entre pagantes e convidados (média de 12.518,6 por confronto).

Na Libertadores o público pagante no 3×0 contra o Atlético Nacional foi de 33.640.

No Paraná

O Atlético PR, que não serve tanto como parâmetro porque não usa o time principal no estadual e está ameaçado de disputar a repescagem do rebaixamento, atuou 5 vezes como mandante, entre elas no clássico diante do Coritiba, e recebeu 11.141 torcedores (média de 2.228,2).

Na Libertadores, em dois jogos, levou 20.857 torcedores ao estádio (média de 10.428,5).

Esclarecido

A reação do público, não a minha apesar de eu pensar como a maioria nesse caso, é a referência na hora de eu citar a importância das competições.

Se um dia o brasileiro apreciar mais o estadual que o Libertadores, a linha de raciocínio que adoto ao falar desses torneios mudará.

Hoje, o título do post “Libertadores massacra os estaduais”, é simples de ser explicado e compreendido.

Fonte: Blog do Birner

Coluna do Flamengo

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