O clássico foi até disputado e animado. Mas tecnicamente, um horror. E o maior dos (muitos) erros cometidos em campo coube à arbitragem, que deixou de validar um gol do estreante Douglas, numa cobrança de falta em que a bola bateu no travessão e quicou nitidamente dentro da baliza de Felipe. Ah, se houvesse o chip na bola… Porque o auxiliar que estava no lance (há poucos metros do lance) não viu bulhufas. Naquele momento, 11 minutos do primeiro tempo, o 0 a 0 ainda estava no placar.
Para piorar, depois que Felipe Bastos marcou para o Vasco (aos 36 minutos), o gol de empate do Flamengo (aos 39) também foi daqueles em que o chip seria decisivo. Elano cobrou uma falta e o goleiro uruguaio Martin Silva fez a defesa já depois da linha – como, entretanto, não houve quique no chão, a jogada se tornou ainda mais polêmica. Mas, desta vez, o auxiliar postado atrás da baliza, validou o gol.
Detalhe: a bola de Elano entrou bem menos que a de Douglas…
No segundo tempo, o Flamengo reagiu ao franco domínio do adversário nos primeiros 45 minutos e equilibrou as ações. Jayme de Almeida tirou Amaral e Lucas Mugni e colocou Muralha e Gabriel e o rubro-negro se tornou mais ofensivo, empurrando os cruz-maltinos para o próprio campo. Já no finalzinho, entrou ainda Alecsandro, no lugar de Elano.
Adilson Batista também fez as três alterações: entraram William Barbio, Pedro Ken e Bernardo e saíram Aranda, Ewerton Costa e Douglas (que cansou, no final, mas fez uma boa estreia)
Quando o empate já parecia sacramentado pelos erros de parte a parte, Gabriel (que assim como Everton já desperdiçara algumas boas chances) avançou pela direita, tentou um passe, que saiu errado, mas, no rebote, a bola voltou aos seus pés e ele acabou chutando da entrada área, para marcar o gol da vitória.
Um resultado cruel para o Vasco, principalmente, por causa do erro crasso da arbitragem.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado