375… Como chegamos lá?

A última Quarta-Feira de Cinzas deixou no futebol uma notícia altamente sintomática. Apenas 375 pessoas pagaram ingresso para assistir ao clássico Flamengo 2 x 0 Bonsucesso pelo Estadual do RJ.

O jogo trouxe algumas constatações. Umas óbvias. O certame estadual não tem mais o apelo de antes. O número excessivo de clubes e a fórmula ridícula deste campeonato deixou este apelo ainda menor.

Bom lembrar que até 2007 apenas 12 clubes participavam do nosso Estadual. Só que após o inédito rebaixamento do Bangu em 2006, a federação carioca, presidida pelo Rubens Lopes, que tempos atrás já tinha sido presidente do Bangu, resolveu para a Segundona de 2007 aumentar o número de clubes para subir para a primeira divisão, numa forma de tentar subir o seu clube de coração. Acreditem: a manobra não deu certo. Dentre os que subiram para 2008 estavam os até então desconhecidos Resende, Macaé e até o até hoje desconhecido Cardoso Moreira. Mas o Bangu continuou lá, firme e nada forte. E o Estadual ficou inchado. Até hoje.

Para 2014 os gênios da Federação se superaram. O campeonato, que com seus grupos, fases semifinais e finais de turno, tinham lá seu atrativo, justamente por ser de tiro curto, ficou uma cópia da fórmula sonolenta do campeonato Paulista. Fórmula esta duramente criticada pela imprensa local, que quase sempre exaltava o formato do nosso Carioca como um exemplo que poderia ser seguido pelo “lado bolacha da Dutra”.

O resultado já era esperado por todos. A disparidade técnica entre Flamengo e os 3 médios pros demais clubes pequenos ficou mais evidente. E com a classificação destes 4 praticamente definida com rodadas de antecipação, sobraram rodadas se arrastando daqui até o final da primeira fase. Até a briga pra fugir do rebaixamento ficou sem graça. Duque de Caxias e Audax reinam absolutos na zona da degola desde o pontapé inicial.

Juntando-se tudo isso aos jogos da TV em horários imorais, talvez pra combinar com o BBB, com transmissão direta para as cidades onde os jogos são disputados (um adendo: em SP isso raramente acontece), numa época em que o carioca está ainda discutindo a apuração do carnaval, chegamos à receita perfeita para o público minúsculo do jogo em Volta Redonda. Este jogo foi apenas a cerejinha do bolo. Como carros-chefe da audiência esportiva, a chance era muito maior que nós fôssemos os figurantes da tragédia. Se fosse qualquer outro clube, o público seria menor e o ibope bem menor.

Podem confiar, o campeonato estadual não está no fundo do poço. Ainda há o que cavar. Mas não se preocupem. A federação está executando brilhantemente a tarefa. Parabéns aos envolvidos.

Fonte: Flamengo Eternamente

Coluna do Flamengo

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