O “L” que o Flamengo deve derrubar.

O jogo de quarta-feira entre Flamengo e Bolívar foi o que consegui ver de maneira mais detida da campanha do Rubro-Negro na Libertadores. E ouvi alguns comentários um tanto extremados, para o otimismo e para o pessimismo com relação ao futuro do time carioca nessa competição. Uns acham que, após esse empate, o time não terá condições de se recuperar. Erro crasso de avaliação, o Flamengo continua sendo o melhor time do grupo. De outros ouvi que foi só um acidente de percurso, que se o time jogar “como Flamengo” vai se classificar fácil. Depende do que seja “como Flamengo”.

O grande erro rubro-negro no jogo foi achar que estava disputando o Estadual. Entrou impaciente no segundo tempo – porque achava que resolveria o jogo no primeiro. Tomou um gol porque o bom zagueiro Wallace achou que o árbitro usaria os critérios do Estadual e marcaria falta a seu favor. Em desvantagem, jogou com a qualidade que vem mostrando no Estadual e virou o jogo. Aí, embalado pelo clima da torcida, achou que enfrentava o Audax Rio e partiu para fazer o terceiro. Libertadores não é isso. Na Libertadores, um jogo pode até ficar fácil, se um time desistir dele, e o outro aproveitar. Mas é só reparar como é raro haver uma goleada nessa competição.

Na Libertadores, é preciso ser malandro. Não para entradas criminosas como a de Amaral. Não para achar que vai ganhar o jogo na catimba ou na força física. Mas para entender, por exemplo, como agem os árbitro. Para saber que qualquer vantagem, no segundo tempo, deve ser muito valorizada. Ah, mas é o Bolívar… E daí? Não são os mesmos três pontos do que se fosse outro time de mais nome. Se for possível ganhar de 10 a 1, melhor, inclusive para o saldo de gols. Mas não teria sido muito melhor o 2 a 1 do que o 2 a 2? Não teria sido melhor o time estar mais bem postado atrás e não deixar João Paulo como último homem na marcação (além da pouca bola, não tem nem tamanho para isso)?

Do passado para o futuro. No jogo de quarta-feira, entender a Libertadores é não ter medo de altitude. Ela existe, mas se o time de fora não entrar na correria dos locais, pode sobreviver bem. Será preciso tocar a bola, ela é que deve correr, mas para isso é preciso estar bem postado em campo e não errar passes. É irritar, com essa posse de bola, o adversário. E sem ela, ficar muito atento à colocação das linhas, que devem estar sempre próximas, para não dar espaço para a correria do Bolívar carregando a bola – nas alturas, dois ou três piques de 30 ou 40 metros atrás de um boliviano vai derrubar qualquer um.

Aí o amigo leitor me perguntará: mas que diabos tem tudo isso a ver com o título do post? E eu respondo: quero dizer que o Flamengo deve trocar o medo da altitude pela certeza de uma boa… atitude. Boa sorte, pois, ao Rubro-negro e a todos os brasileiros nessa competição única que é a Libertadores.

Fonte: Entre as Canetas

Coluna do Flamengo

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