Vídeo: confira entrevista exclusiva com Zico.

Não há dúvidas de que existe o Flamengo antes e depois de Zico, mas, por pouco, o eterno Camisa 10 da Gávea não virou pianista. Afinal, esse era o desejo de sua mãe, Dona Matilde, porém, quis o destino que o amor pelo futebol fosse mais forte que as notas musicais vindas do piano da Família Antunes.

“Minha mãe gostava e tocava piano e queria que eu fosse pianista. Imagina, seis filhos, e nenhum seguiu esse caminho, sobrou só eu. Então, ela me empurrou para o piano. Desde criança, eu gostava de piano, estudei durante um ano, toquei até na televisão uma vez, mas enjoei. Dizia para minha mãe que ia para as aulas, mas na verdade ia jogar bola”, contou o Galinho.

Quando, finalmente, se decidiu pelo futebol, Zico só iniciou sua carreira de fato na base do Flamengo, graças ao radialista Celso Garcia, denominado pelo próprio Galinho como o maior rubro-negro que ele viu na vida. Antes disso, o Rei da Nação chegou a fazer, ao lado de seu irmão Tonico, um jogo pelo infantil do América. Mas não teve jeito, estava escrito que o seu destino seria em vermelho e preto.

“O Celso foi me ver jogar futsal no River, saiu de lá e foi direto para minha casa. Lá chegando pediu ao meu pai para me levar para treinar no Flamengo, e ele respondeu dizendo que eu estava apalavrado com o América. Mas, depois, mandou que eu escolhesse aonde queria jogar, escolhi o Flamengo. Lá em casa, éramos todos flamenguistas”, explicou nosso maior ídolo.

Em sua longa e vitoriosa carreira, Zico só pensou em desistir uma única vez da carreira de jogador profissional. Artilheiro e campeão do Pré-Olímpico de 1971, ele ficou de fora da lista final de convocados do técnico Antoninho Fernandes para as Olimpíadas de 1972, em Munique, na Alemanha. Não fosse a intervenção dos seus irmãos Edu e Antunes, sua trajetória no futebol teria sido abreviada de forma prematura.

“Fui artilheiro do Pré-Olímpico em 1971, fiz o gol que classificou o Brasil contra a Argentina, o treinador da Seleção foi ao Flamengo pedindo para que eu retornasse aos juniores para poder ser convocado. Fiz isso, e quando veio a convocação meu nome não estava na lista. Quando cheguei no dia seguinte ao Flamengo me disseram que eu não tinha sido convocado. Dei meia-volta e fui embora para casa. Estava decidido a parar de jogar, foi aí que meus irmãos, Edu e Antunes, que já haviam passado por isso, me convenceram de que o Flamengo não tinha nada com isso, e eu voltei dez dias depois”, afirmou o ídolo.

Em uma entrevista com o Galinho, o assunto “Geração 1980” não pode faltar, e, dessa vez, não foi diferente. Sempre muito sensato e coerente, Zico reconhece que, hoje, entende com muito mais facilidade, o peso daquele time, que ganhou tudo que disputou, na história do Flamengo.

“Na disputa do Brasileiro de 1980, ali a gente sentia que tinha um time para marcar história, pela qualidade dos jogadores e por aquilo que podíamos realizar dentro do campo. Aquele time tinha muito jogador talentoso, ricos em ensinamentos. E eu, por ser o cara que tenha mais despontado daquela geração, era profissional ao extremo, e isso arrastava muita gente junto comigo. Acho que esse também foi um ponto muito favorável para aquela geração”, ressaltou o Galinho.

Acompanhe abaixo, na íntegra, a entrevista exclusiva concedida por Zico ao Falando de Flamengo. Nela, o Galinho fala, também, sobre: a sua visão do futebol como negócio, a falta de ídolos identificados com os clubes, a sua relação como torcedor do Flamengo, o atual preço dos ingressos, das chances do Brasil na Copa do Mundo de 2014 e dos seus planos e projetos para o futuro.

Parte 1 – A infância, e o que faria se não fosse jogador de futebol

Parte 2 – A frustração de não ter sido convocado para os Jogos Olímpicos de 1972


Parte 3 – A carência de ídolos no futebol e sua relação com o torcedor enquanto maior jogador da história do Flamengo

Parte 4 – As novas arenas do Brasil e a baixa presença do público dentro dos estádios


Parte 5 – Novos projetos no Brasil. Escola Zico 10, família, palestras e programa de rádio


Parte 6 – A expectativa sobre a participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014


Fonte: Falando de Flamengo

Coluna do Flamengo

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