O placar apontava 78 a 78, quando Felício chutou de dois pontos a menos de dois segundos do fim para decretar a vitória do Flamengo sobre o Mogi das Cruzes por 80 a 78, neste sábado, no ginásio Professor Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes. O dramático triunfo deixa o time do Rio em vantagem na semifinal (2 a 1) e a uma vitória da decisão do NBB. O jogo 4, no mesmo local, será na próxima segunda-feira e, se necessário, o quinto duelo será na Arena da Barra, no Rio de Janeiro, no dia 24. Quem passar garante vaga na final do dia 31 contra o vencedor de Paulistano x São José. Tudo com transmissão ao vivo do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com.
– A equipe me dá muita confiança a cada partida, e hoje eu fui muito feliz. Mas não foi só a última bola que foi importante. A equipe soube aproveitar cada detalhe da partida e isso fez a diferença no final – afirmou Felício.
Os destaques da partida foram o rubro-negro Marquinhos, cestinha com 29 pontos e Daniel Alemão, maior pontuador do Mogi, com 18. O líder nas assistências foi o argentino Laprovittola, com nove acertos, enquanto Daniel Alemão foi o maior reboteiro, com dez rebotes.
– Perdemos, mas não tem nada acabado. Hoje foi mais contato físico e acredito que na próxima segunda-feira teremos um jogo mais truncado ainda – comentou o pivô do Mogi, Daniel Alemão.
O JOGO
A partida começou em alta rotatividade, mesmo que isso não significasse uma grande movimentação no placar. Pivô do Flamengo, Meyinsse abriu marcador e demorou dois minutos para o Mogi tirar o zero do placar. Mas isso aconteceu em grande estilo e sinalizando uma sequência empolgante dos donos da casa. Primeiro, Toledo converteu da linha dos três. O argentino Laprovittola respondeu com dois lances livres certeiros e, a torcida foi à loucura com a dupla Gustavinho e Sidão. O gigante de 2,15m deu uma enterrada daquelas que fazem o público levantar da cadeira e o armador infiltrou com estilo para acertar uma bandeja: 10 a 4 para o Mogi e um barulho ensurdecedor tomou conta do lotado ginásio Hugo Ramos.
Ciente de que não poderia deixar o time da casa gostar do jogo e foi buscar o placar, com boas jogadas de Marquinhos (13 a 13). Apesar do equilíbrio, o técnico José Neto ficou revoltado com uma marcação da arbitragem e recebeu falta técnica, dando quatro arremessos livres para o Mogi. Filipin errou somente um deles. Alheio à empolgação mogiana, o Fla foi buscar novamente e fechou o primeiro quarto vencendo com cesta de Laprovittola (19 a 18).
O segundo quarto demonstrou logo no início que o Flamengo estava mais ligado em quadra. Após sofrer dois pontos, os cariocas tiveram uma sequência de nove pontos seguidos, capitaneados por Olivinha, com cinco pontos (28 a 20). A partir de então, José Neto passou a rodar o seu time, colocando jogadores como Shilton, Gegê e Washam Jr. em quadra. Mas foi o ala Marquinhos quem passou a deslanchar. Com três cestas seguidas, ele fez o Fla abrir 10 pontos pela primeira vez na partida: 35 a 25, faltando 4min33 para o fim do primeiro tempo.
Só que o Mogi, embalado pela torcida, fez sete pontos seguidos e demonstrou que não haveria moleza para o atual campeão sul-americano (35 a 32). O melhor lance do segundo tempo ainda estava por vir. Em uma arrancada sensacional do campo de defesa, Toledo saltou alto e enterrou com força para empatar o jogo (37 a 37), levantando mais uma vez a massa mogiana. Logo depois da cravada, uma confusão tomou conta da arquibancada. Pequena, mas agitada, a torcida do Flamengo entrou em confronto com torcedores do Mogi. Em bom número, os seguranças acabaram com o princípio de briga e os ânimos se esfriaram. Enquanto isso, a bola rolava e Marquinhos, de três, deu números finais ao primeiro tempo, colocando o Flamengo em vantagem: 40 a 37.
O último quarto começou com muita emoção. Em 2min40s de ação, Agba deu uma cravada, e Jefferson fez duas cestas para o Mogi virar o jogo (61 a 58), deixando a sua torcida ensandecida. O Flamengo não deixou barato, com Meyinsse. Porém, o Mogi estava endiabrado e novamente o ala Jefferson balançou a redinha, fazendo a torcida gritar o tradicional “eu acredito”, que vem marcando a campanha do Mogi, que derrubou Pinheiros e Limeira nos playoffs do NBB, sempre como zebra. Passou a ser lá e cá. Os mogianos pontuavam, e os rubro-negros respondiam, principalmente com Marquinhos, que sempre cresce no fim das partidas.
Faltando 2min44s, o placar apontava a igualdade em 71 pontos, pontuação que durou poucos segundos, pois a bola teimava em cair dos dois lados. Melhor para Marquinhos, que encestava bola atrás de bola e se consolidava como cestinha e grande nome do Flamengo. Nos momentos finais, ele contou com a ajuda de Marcelinho, até então em jornada apagada, para deixar o Fla na frente (78 a 76).
O Mogi teve um ataque, mas foi interceptado e a bola saiu faltando 12s9. Com um último ataque para empatar ou, em uma bola de três, vencer o jogão. Em pouco mais de um segundo, Daniel Alemão acertou o arremesso: 78 a 78. Faltando 11s7, o Flamengo trabalhou bem o ataque e contou com a mão calibrada de Felício para liquidar a fatura (80 a 78 para o Fla). Com mísero 1s3 no cronômetro, o Mogi bem que tentou. Mas Jason Smith acertou o aro da linha dos três. Grande vitória flamenguista.
Escalações:
Mogi das Cruzes: Gustavinho (5), Filipin (3), Toledo (16), Daniel Alemão (18) e Sidão (9). Entraram: Smith (5), Jefferson Campos (11), Patekoski (0) B.Simões (5) e Jeff Agba (6). Tec: Paco García.
Flamengo: Laprovittola (14), Marcelinho (4), Marquinhos (29), Olivinha (10) e Jerome Meyinsse (10). Entraram: Gegê (0), Washam Jr. (0), Shilton (1) e Felício (12). Tec: José Neto.
As parciais
1º quarto: Mogi 18 x 19 Flamengo
2º quarto: Mogi 19 x 21 Flamengo (37 x 40)
3º quarto: Mogi 14 x 15 Flamengo
4º quarto: Mogi 27 x 25 Flamengo
A série
Jogo 1 – 12/05 – 19h – Flamengo88 x 82 Mogi – Tijuca Tênis Clube
Jogo 2 – 14/05 – 20h – Flamengo 65 x 69Mogi – Tijuca Tênis Clube
Jogo 3 – 17/05 – 20h30 – Mogi 78 x 80 Flamengo – Ginásio Hugo Ramos
Jogo 4 – 19/05 – 19h – Mogi x Flamengo – Ginásio Hugo Ramos
Jogo 5 – 24/05 – 17h – Flamengo x Mogi – Arena da Barra*
Fonte: GE
