Pela segunda vez em menos de um ano e meio da gestão de Eduardo Bandeira de Mello, o Flamengo vai investir pesado no salário de um treinador. Ney Franco, que inicia sua segunda passagem pelo clube nesta quarta-feira, receberá R$ 400 mil mensais – com direito a premiações por metas alcançadas e multa rescisória. Mesmo valor que era pago a Mano Menezes, que ficou três meses e dois dias no cargo no ano passado. Assim, o investimento no cargo de técnico volta a ser alto, em detrimento da política financeira de austeridade que prega a diretoria, que “economizou” durante os oito meses em que Jayme de Almeida, ex-auxiliar e depois contratado, permaneceu no cargo.
Jayme assumiu no lugar de Mano em setembro de 2013. Na época, ganhava R$ 25 mil como auxiliar. Na virada do ano, foi efetivado, firmou contrato até o fim de 2015 e passou a ganhar R$ 200 mil, metade do que era pago ao antecessor e também da remuneração do sucessor.
É uma repetição daquilo que ocorreu em junho do ano passado. Depois da demissão de Jorginho, um técnico mais barato, dirigentes não pouparam cifras para acertar com o ex-treinador da Seleção. A aposta mal sucedida no tetracampeão deixou clara a necessidade de um nome de peso para conduzir a equipe no processo de reestruturação do futebol rubro-negro, mas também não funcionou.
Com Jayme, o Flamengo conquistou a Copa do Brasil, escapou do rebaixamento no Brasileiro e também ganhou o Carioca deste ano. A alternativa mais barata, no entanto, deixou de agradar durante a campanha ruim na Libertadores da América, que terminou com eliminação na primeira fase.
Esta será segunda passagem de Ney Franco pelo clube. Ele havia trabalhado na Gávea em 2006 e 2007, quando conquistou uma Copa do Brasil e um Campeonato Carioca. Também foram contratados o auxiliar Éder Bastos e o preparador físico Alexandre Lopes. O preparador de goleiros segue sendo Wagner Miranda.
Ney Franco iniciou a carreira nas categorias de base do Cruzeiro e teve destaque como técnico do Ipatinga. Passou pelo próprio Flamengo, Atlético-PR, Botafogo, Coritiba, São Paulo, Vitória e seleção brasileira sub-20.
Fonte: GE