A negociação entre Canteros e Flamengo estava nos momentos finais e um desfecho positivo era iminente. Era. Os empresários do jogador, representados pelo agente Adrian Castellanos, pediram nada mais, nada menos, do que 300 mil dólares (aproximadamente R$ 660 mil) de comissão para que a transferência do volante fosse acertada. Sem muita discussão, o diretor de futebol rubro-negro, Felipe Ximenes, deixou claro que não aceitaria o pedido de última hora, e as conversas esfriaram.
Interessados na quantia, os empresários de Canteros, na quarta-feira, chegaram a entrar em contato com o Sarsfield (ARG), que também já se acertou com o Flamengo, e pediram 100 mil dólares (aproximadamente R$ 220 mil). No entanto, a resposta também foi negativa. O Rubro-Negro deu até às 21h do mesmo dia para que Adrian Castellanos desse uma resposta. Houve um contato entre as partes, mas o acordo ainda não foi finalizado.
– Não houve acordo. Existem divergências em termos de valores. O Flamengo tem de pagar o preço – afirmou Castellanos em contato com o LANCE!Net.
O que tem deixado a diretoria do Flamengo propensa a não pagar o que os argentinos querem é o fato de que eles nem sequer participaram ativamente da negociação. As conversas se iniciaram com a ida de Felipe Ximenes a Buenos Aires, na Argentina, onde conversaria com o Vélez. Desta maneira, o contato com Castellanos foi de apenas 15 minutos e depois refeito por através de telefonemas e mensagens de texto. Com isso, o clube entende que o valor que seria pago aos agentes é exorbitante e não condiz com as conversas que vinham sendo mantidas até o fim da semana passada.
As negociações entre Flamengo e Vélez Sarsfield caminhavam para que o Rubro-Negro comprasse 100% dos direitos econômicos de Canteros. A vontade do jogador de sair da Argentina e jogar no futebol brasileiro era até o momento o grande aliado do clube carioca nas conversas.
Vale lembrar que, conforme o L!Net publicou na semana passada, o Flamengo já tinha acerto verbal, tanto com o Vélez como com o próprio Canteros, com quem conversou diretamente em Buenos Aires. No entanto, o único fator que tornou as negociações mais complicadas foi a postura dos empresários argentinos. E agora, o que vai pesar mais? A necessidade do Fla ou a postura no mercado?
Fonte: Lancenet