O Flamengo luta para equilibrar as suas finanças e pode abdicar de uma prática comum no futebol para aliviar os cofres ainda no atual Campeonato Brasileiro. A diretoria estuda encerrar o regime de concentração nas vésperas das partidas. Porém, a iniciativa só sairá do papel caso o time deixe a zona de rebaixamento e espante a crise.
O tema passou a ser discutido nas últimas reuniões da diretoria e contou com o apoio de alguns vice-presidentes. Mas é consenso que uma mudança de mentalidade precisa ocorrer entre os jogadores para que a iniciativa seja possível.
O técnico Vanderlei Luxemburgo foi consultado sobre o assunto e descartou a possibilidade no momento. Pelo contrário, o comandante decidiu concentrar a equipe dois dias antes das partidas com o objetivo de deixar as últimas posições na tabela. Foi assim antes da vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo. O fato vai se repetir para o duelo contra a Chapecoense.
Estima-se que o Flamengo gaste em torno de R$ 60 mil por cada fim de semana de concentração em um hotel da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Dependendo do número de jogos, o valor supera os R$ 200 mil mensais – gasto maior do que R$ 2 milhões por ano.
É possível que uma experiência seja realizada ainda na atual temporada caso o Rubro-negro deixe a zona de rebaixamento. Entretanto, o tema deve ganhar ainda mais força nos bastidores da Gávea a partir de 2015.
“Se o Flamengo tivesse todos os jogadores com o perfil profissional do Zico não teríamos qualquer problema para implantar isso agora. O ex-capitão Fábio Luciano também é um exemplo de responsabilidade. A cabeça do jogador brasileiro precisa mudar antes de qualquer coisa. A ideia nos agrada, mas temos de amadurecer e conversar bastante”, explicou um dirigente rubro-negro, que pediu para não ser identificado.
Fonte: UOL