Pouco mais de R$ 7 milhões. É esse o valor que o Flamengo paga todo mês apenas com impostos devidos, a fim de manter a CND (Certidão Negativa de Débitos), que lhe garante o contrato de patrocínio máster com a Caixa e o direito de conseguir recursos para obras de infraestrutura por meio da Lei do Incentivo ao Esporte.
Nem a folha salarial do Rubro-Negro, inflacionada com as chegadas de Elton, Eduardo da Silva e Canteros, custa tanto quanto o acerto de tributos atrasados. O departamento de futebol sai por mês algo em torno de R$ 6,5 milhões.
“Somente em 2013, pagamos R$ 90 milhões de impostos devidos”, admite o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, cumprindo sua promessa de campanha, de colocar as contas do clube em ordem.
Além dos gastos tributários, o time de Vanderlei Luxemburgo ainda desembolsa R$ 1 milhão por mês com acordos trabalhistas. “Tudo relacionado a jogadores que processaram o clube.”
A necessidade de andar na linha com os impostos obrigou Bandeira de Mello a montar um elenco bem mais simples do que pretendia. “Tive de sacrificar o futebol em um primeiro momento, mas a tendência é de um quadro melhor já a partir de 2015.”
Apesar de preterido, o time tem evoluído no Brasileirão. Neste domingo, venceu a quarta partida consecutiva ao fazer 2 a 0 no Criciúma, fora de casa. Já são cinco triunfos em seis jogos – antes do Criciúma, havia superado Botafogo, Atlético-MG, Coritiba e Sport.
A arrancada tirou o Flamengo da lanterna da Série A e o colocou no 11º lugar com 22 pontos, a cinco da zona de rebaixamento. Mugni, Leo Moura, Eduardo da Silva e companhia voltam a campo pelo torneio nacional no domingo, diante do Vitória, no Barradão.
Fonte: Blog do Jorge Nicola