Olha a incoerência. Um time que até poucas semanas atrás já era tratado como rebaixado por alguns, vir bater, de virada, um aspirante a G-4. Onde já se viu, um cara que prefere não ter o rótulo de “solução”, salvar a gente novamente ao sofrer um pênalti em sua primeira participação na partida, e ainda marcar o gol da virada?
E que história é essa de esboçar poder de reação e ainda conseguir colocar em prática, quando a ideia era ficar nessa onda de 1×0? Sem falar que teve de novo um cruzamento certeiro, daquele mesmo cara da lateral, além do gol de alívio e esperança do nosso capitão.
Não é possível! É basicamente o mesmo time de antes! Quem diria que até mesmo quando estava perdendo, o Flamengo teria forças para lutar de verdade e deixar o sentimento de que era só questão de tempo até o empate chegar e que, se chegasse, a vitória também viria?
Onde já se viu algo maior que o Flamengo, ou maior que sua torcida? É por isso que não há explicação pra tudo que acontece quando o rubro-negro está em campo, seja nos bons ou maus momentos.
Mas uma coisa é certa: quando essas duas potências se unem, aí nós somos invencíveis!
Tivemos méritos espalhados por todas as partes do Maracanã. Na torcida mais uma vez comparecendo nas arquibancadas, na coragem do Luxemburgo pra mexer rápido no time quando viu que daquele jeito não ia dar, e na luta incansável dos escolhidos para estar em campo vestindo o uniforme mais bonito e pesado que existe.
Se for pra ver mais jogos assim, quero continuar a ver esse pensamento de que “brigaremos contra a zona de rebaixamento até o fim”, já que está contribuindo e muito pra acontecer o contrário. A questão é que até na hora de cair o Flamengo quer ser diferente de todos. Ele desafia a física e cai pra cima.
Fonte: Falando de Flamengo