O que pude ver do Leste.

Meu coração e minha alma pertencem ao Flamengo. Mais: pertencem a Nação Rubro-Negra. Costumo doar toda a minha voz na arquibancada, a cada jogo do Mais Querido. E quem me conhece, sabe que tenho lugar marcado no Maraca: Coluna 51, última fileira, em cima da Raça Rubro-Negra.

Mas não na última quarta-feira. Por levar dois amigos ao estádio e com o setor Norte já esgotado, acabei optando em ir de Leste. Sempre tive uma pequena implicância, por achar que os torcedores que ficavam mais afastados das organizadas não eram tão vibrantes como os que ficavam atrás do gol. Mas agora entendi o porquê.

Não preciso falar o que aconteceu na última quarta. Os poucos leitores que tenho, apaixonados pelo Flamengo como são, entendem claramente que a vitória veio das arquibancadas. Vimos a torcida se inflamar pelo simples fato de serem rubro-negros. Afinal, o time não apresentava um futebol empolgante, nem tivemos um lance mais perigoso que levantasse o torcedor.

E o som mais alto das canções rubro-negras fez todo o Maracanã se levantar. Inclusive os torcedores que estavam ao meu lado. Mas não a mim. Como um garoto que entra no templo pela primeira vez, olhava para o Norte, bobo, paralisado, tonto. A voz, embargada pela emoção que me saltava aos olhos, pouco saía. Os gols da virada foram comemorados quase que em silêncio por mim. Não queria perder, nem por um momento, o som daquela torcida que ecoava em minha cabeça.

Para os adversários, tanto os que torcem quanto os que jogam, é desumano, é covarde. Nunca terão as mesmas forças e armas para lutar conosco. Comparar a nossa torcida a qualquer outra no mundo parece até inocência ou desconhecimento de causa.

Nelson Rodrigues, o tricolor mais rubro-negro que existiu, nos brindou:

“Há de chegar talvez o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará à camisa, aberta no arco.”

O grande Nelson costumava nos ver pelo outro lado, da torcida tricolor. Ele ficava de frente para nossa imensa e mágica torcida. Ele não era inocente e nem desconhecia a causa. Ele sabia do que estava falando e esse tal dia, citado pelo escritor, está cada vez mais próximo.

Fonte: Falando de Flamengo

Coluna do Flamengo

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