Zico de pai pra filho.

Imagine ser o ídolo máximo de uma Nação de 40 milhões.

Ser um dos maiores (pra mim o maior) jogadores de futebol de todos os tempos.

Ter uma estátua do outro lado do mundo e ser idolatrado por onde passa.

Ter uma legião de aficionados que tatuam seu rosto, seu autógrafo.

E que choram e gritam seu nome cada vez que te encontram.

E, ainda assim, ser extremamente simples, educado, solícito, gentil e simpático.

Esse cara é o Zico.

Uma figura que, pra mim, só existia nos jornais, na TV, naquele VHS antigo, no Youtube. Um ser intocável. Uma lenda.

Antes que você me pergunte, não, eu não vi o Zico jogando pelo Flamengo.

Lembro apenas de alguns jogos pelo Kashima. E de sua despedida, que foi um momento mágico.

E é aí que entra o meu pai.

Meu pai não é um cara que costuma frequentar estádio. Acho que nunca foi.

É do tipo rubro-negro moderado. Também fica puto quando perde e vibra pra cacete quando ganha. Do jeito dele, moderado. Talvez a idade o tenha deixado mais calmo.

Mas se tem uma coisa que meu pai me ensinou bem foi amar o Flamengo.

Eu herdei essa paixão dele. Outra coisa que temos em comum é a introspecção. Puxar assunto é algo difícil pra gente. Por vezes ficamos horas assistindo TV trocando apenas poucas palavras. É o nosso jeito. Mas não quando o assunto é Flamengo. Aí meu pai se soltava. Foram muitas as histórias. Os lances do Zico, os gols, os dribles, as vitórias suadas, os campeonatos, o título mundial, os espetáculos daquele time de ouro. Eu escutava meu pai e podia imaginar tudo aquilo. De alguma forma, pelos olhos do meu pai eu podia ver o Zico.

Esse fascínio foi crescendo. Tornou uma fixação. Quis conhecer sua história. Um dos primeiros livros que pedi para meus pais foi um livro do Zico. Por tudo isso o Galo virou muito mais que o meu ídolo. Ele representa meu amor pelo meu pai. Pelo Flamengo. Mas sempre de longe, intangível. Até ontem.

Depois de algumas tentativas frustradas, finalmente realizei meu sonho. EU DEI UM ABRAÇO NO ZICO. Fiquei ali, do lado dele, meio paralisado, meio sem acreditar no que estava acontecendo. Uma experiência que não vou esquecer nunca mais na minha vida. Meu maior ídolo bem na minha frente, em carne e osso. Me senti uma criança. Foi como voltar no tempo e reviver todas aquelas histórias do meu pai.

Dessa vez pelos meus próprios olhos.

•      •      •

Este texto é uma homenagem e um agradecimento ao meu pai, em primeiro lugar. Por tudo que fez por mim, por tanto amor, por ser o meu eterno ídolo.

Ao Zico, por ser um cara fora de série, tanto dentro quanto fora de campo. Por tudo que fez e ainda faz pelo Flamengo. Por ter dado tantas alegrias. Por ter formado gerações de rubro-negros. Pelo seu caráter.

O Brasil certamente precisa de mais Zicos.

E, como não poderia esquecer, ao pessoal do Falando de Flamengo. Em especial Marcella e PC. Vocês realizaram meu sonho. Um sonho que, pra ser sincero, já nem imaginava ser possível. Agradeço imensamente. Esse dia está marcado. 11 de agosto de 2014. Nunca esquecerei. Graças a vocês posso enfim dizer com todas as letras: EU VI O ZICO!

Fonte: Falando de Flamengo

Coluna do Flamengo

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