Em um contra-ataque argentino, Wallace intercepta a bola e consegue um lançamento para Paulinho na direita. Aos gritos de “vai, Paulinho”, o atacante provou aos 32 minutos o porquê vinha sendo uma das peças fundamentais da campanha da Libertadores. Com uma arrancada, passou pelo lateral esquerdo, com um drible espetacular, foi à linha de fundo e cruzou certeiro no peito de Alecsandro. O contestado atacante, que havia perdido uma das penalidades na disputa das semifinais, dominou no peito e girou fuzilando no canto direito do goleiro.
Explosão de alegria! Talvez naquele momento todos os rubro negros, os vivos e até os mortos, soltaram um grito que estava abafado por décadas.
Um gol para mudar a história! Um gol para não deixar o sonho morrer!
(Veja aqui a segunda parte da história)
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E fora das quatro linhas estava presente o centroavante, o torcedor, que apesar de passados 30 anos, jamais deixou de acreditar no sonho de reviver a Era de Ouro Rubro-Negra. E para estes milhares de personagens, o sonho é o que impulsiona. É a esperança que arrasta multidões, seja domingo de sol, seja quarta à noite de chuva, porque para este apaixonado nada importa sem o Flamengo.
A fé que movimenta cada uma daquelas pessoas não tem explicação, não tem fundamento. Só quem se vê dentre eles, sendo um deles, entende o sentimento que os move. Aquela torcida não tem diferenças. Ali não importa a classe, a raça ou o credo. É aquela massa que faz o coração rubro-negro pulsar!
E com a sequência de trabalho realizada por Vanderlei o Flamengo tornou-se forte. Ele tinha um time com definições táticas bem treinado. Marcação e velocidade. Defesa, meio e ataque com muita garra, sempre procurando o gol com chutes fortes e jogadas ensaiadas. A finalização era apenas o detalhe. Era o gol que balançava a rede com a vibração da Nação…
Não existe mais linhas que separam atletas de torcedores, somos todos uma só Nação…
Fonte: Falando de Flamengo