Flamengo e Maccabi Tel Aviv fizeram ontem à noite o primeiro dos dois jogos que vão definir o futuro campeão do mundo aos olhos da Fiba. Foi um jogaço, decidido apenas no fim, como manda o roteiro da emoção.
Quando a buzina soou pela última vez, o telão central da belíssima Arena HSBC aponta vitóriou dos israelenses sobre os brasileiros por 69-66.
Como disse, um jogaço. Jeremy Pargo, ex-Memphis Grizzlies, foi o cestinha do jogo com 21 pontos. Do lado brasileiro, outro ex-jogador da NBA, Derrick Caracter (ex-Lakers), estreou com dez pontos e 11 rebotes.
Emoção não faltou; jogadores bons de bola também não.
Cenário perfeito para um ginásio lotado. Infelizmente, as arquibancadas da Arena HSBC estiveram vazias.
Uma lástima.
Um jogo internacional, que vai ajudar a apontar o futuro campeão mundial, uma camisa como a do Flamengo — e cerca de cinco mil pessoas numa arena onde cabem 15 mil.
Uma tragédia.
Infelizmente, somos um país de monocultura esportiva. A Argentina, nossa vizinha, não é.
Os ginásios lá estão sempre cheios. Pode ser basquete, vôlei ou handebol.
Se eles tivessem 200 milhões de habitantes, como nós, duelariam com os EUA e a China nas Olimpíadas, pois eles gostam de esporte.
Para azar dos hermanos, eles são um país de apenas 40 milhões de habitantes. Sorte nossa, pois estaríamos comendo poeira diante do nosso maior rival continental.
Mas voltemos a falar do Brasil…
Não me venham dizer que a mídia é a única culpada disso. Ela tem sua culpa, mas, convenhamos, ela apenas segue o gosto do freguês — o consumidor.
E o freguês, aqui no Brasil, lamentavelmente, pede apenas f-u-t-e-b-o-l.
Como o freguês sempre tem razão, que seja feita a vossa vontade.
Triste, mas assim é que é.
Fonte: Blog do Sormani