Antes de mais nada: o título tem um certo quê de brincadeira, mas o trabalho é sério e interessante. E tem uma vantagem apreciável sobre previsões diversas: na manhã do próximo 8 de dezembro (se não na noite do dia 7) já saberemos até que ponto a Pluri Consultoria acertou em sua previsão sobre o público e ocupação de estádios nessa edição do Brasileiro da Série A.
Para esse estudo, a empresa considerou os dados acumulados até a 21ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A.
Analisando as posições dos times na tabela e seus jogos posteriores, chegou-se à projeção de que esse campeonato terminará com um público médio por partida de 16.015 pagantes. Confirmado, esse número representará um crescimento de 7,1% em comparação a 2013 (14.951) e 23,5% em relação a 2012 (12.971). Será o melhor resultado desde 2009 e 8,9% superior à média histórica do período 1969-2014 (14.737).
Se confirmado, esse resultado deve fazer com que o Brasil suba uma posição no ranking mundial de público nos estádios, passando da 15ª para a 14ª posição.
Pouco ainda, sem dúvida, mas um progresso.
Para os analistas da Pluri, esse crescimento deverá ser creditado à entrada em operação dos novos estádios ou arenas, analisado em outro relatório da consultoria (veja aqui matéria no portal GloboEsporte a respeito).
Esse crescimento, porém, é muito pouco diante do necessário para que os clubes que utilizam as novas praças esportivas possam ganhar um bom dinheiro com seus jogos. Isso é devido aos custos operacionais dessas instalações e à presença das concessionárias, administradoras ou donas, mesmo, desses estádios. Um player a mais para dividir as receitas com os clubes.
A taxa de ocupação, de acordo com esse estudo, crescerá muito pouco: apenas 1% – passando de 39% em 2013 e 38% em 2012 para 40% em 2014.
Esse número indica que cerca de 9 milhões de ingressos ficarão encalhados ou sequer serão oferecidos. A receita potencial com a venda desses tickets acrescentaria R$ 300 milhões às receitas brutas dos clubes.
Com esse índice de ocupação, o Brasil poderá saltar três posições no ranking mundial, passando da 34ª para a 31ª posição. Um índice extremamente baixo, ainda, considerando-se a importância de nossa Série A.
Crescimento das receitas romperá a barreira dos R$ 200 milhões
Já as projeções de renda bruta mostram um crescimento maior que o verificado com a média de público. Como o ticket médio do campeonato deve subir 8%, a Pluri projetou um aumento da arrecadação média por jogo de 16%, passando de R$ 464,6 mil em 2013 para R$ 537,6 mil em 2014. Com relação a 2013, cuja média foi de R$ 313 mil, o crescimento projetado é de 72%.
Confirmados esses números, a arrecadação total de bilheteria do Brasileirão superará a barreira dos R$ 200 milhões pela primeira vez, fechando o ano em R$ 204,3 milhões.
Essa, sem dúvida, será uma grande melhora, mas ainda deixará os clubes num nível muito baixo de ganhos quando consideramos a necessidade de investimentos necessária para uma competição de alto nível no atual patamar em que se encontra o futebol profissional.
Veja agora quanto o seu clube poderá arrecadar de acordo com esse estudo:
Fonte: Olhar Crônico Esportivo