Tudo que acontece no Flamengo toma proporções inimagináveis devido ao tamanho do nosso Clube. E o que faz sermos tão grandes, ou melhor, gigantes, é o tamanho da nossa torcida, a força que vem das arquibancadas.
Para ter uma ideia, em 1963 no Maracanã, levamos um público de 194.603 torcedores (público presente). Esta marca ainda hoje é recorde mundial. O Flamengo também é o time que mais colocou mais de 100.000 pessoas no estádio; foram 103 vezes.
Não é à toa que nossa torcida é chamada de Nação, de décimo segundo jogador, de Magnética. É a única torcida do planeta que paga um ingresso para assistir a dois espetáculos, um no campo e outro nas arquibancadas, o qual ela mesma proporciona.
Quando estamos passando por alguma situação desastrosa, em que parece que o mundo vai acabar e nossos adversários ficam inutilmente fazendo festas, é a torcida que coloca nosso time no colo e faz, muitas vezes, um mero perna de pau tornar-se um jogador decisivo.
Parece até que ela entra em campo e infringe as regras do futebol, fazendo nosso Clube jogar com um jogador a mais. Pelo menos é assim que nossos adversários a enxergam e frequentemente tremem.
Sempre que precisamos reverter um placar que imaginamos ser difícil, ela nos mostra que para o Flamengo nada é impossível, principalmente com o seu apoio.
Não foi uma nem duas vezes que isso aconteceu e em épocas diferentes.
Vou citar apenas alguns exemplos:
– 1955, Tri no Maraca – O primeiro tricampeão do Maracanã foi o Flamengo. Vencedor do Carioca em 53 e 54, o time decidiu com o América a edição de 1955. Após vencer o primeiro jogo (1 a 0) e ser surrado no segundo (5 a 1), o Flamengo sagrou-se campeão ao golear o rival por 4 a 1 na terceira partida, com um show do Dida, marcando quatro gols.
– 1980, O Brasileiro mais especial – O primeiro Brasileiro conquistado pelo Rubro-Negro foi enfrentando na final o Atlético-MG. Foram duas batalhas. Na primeira, no Mineirão, o Atlético venceu por 1 a 0, gol de Reinaldo. A volta, no Maracanã cheio, foi dramática. Nunes pôs o Fla em vantagem e Reinaldo empatou; Zico pôs o Fla na frente; Reinaldo, machucado e fazendo número, empatou. Aos 37 minutos, Nunes fez o golaço do primeiro título Brasileiro do Mengão.
– 1981, 6 a 0 devolvido – O ano de 1981 é o mais emblemático do Flamengo. Este jogo inesquecível não foi uma das conquistas do citado ano, mas um triunfo sobre o Botafogo no dia 6/11. O Alvinegro sempre zoava o Fla por causa de uma vitória por 6 a 0 em 1972. E não é que neste dia o Rubro-Negro devolveu a goleada! Nunes, Zico (dois), Lico, Adílio e Andrade fizeram os gols da partida.
– 2001, A falta de Pet – Campeão da Taça Guanabara, o Fla fez péssimo returno e, na primeira partida da decisão, levou um baile do Vasco (campeão da Taça Rio). A derrota por 2 a 1 foi lucro. O Vasco estava com tudo e podia perder por um gol de diferença na volta. Edilson abriu o placar para o Fla, Juninho empatou e Edilson fez mais um, colocando o Mengão mais uma vez na frente. Aos 43 minutos, Pet acerta uma falta no ângulo e o improvável acontece. Fla 3 a 1. É Tri.
– 2009, Reação e Hexa – Após um início decepcionante, o Flamengo engrena a quinta marcha. Graças ao “velhinho” Petkovic e aos gols de Adriano, ele chega à última rodada, dia 6/12, só precisando vencer os reservas do Grêmio. Um gol de Angelim de cabeça fechou o placar em 2 a 1.
Sendo assim amigos, chegou a hora de deixarmos de lado opiniões, raivas, melindres ou algum descontentamento e mostrar que podemos mais uma vez fazer história. (Entendeu Marcelão?).
Tenho certeza de que amanhã, contra o Coritiba, a Nação vai invadir mais uma vez o Maracanã, abraçar o time e empurrá-lo para a vitória. Vamos devolver ao time paranaense aquela derrota de 3×0 da semana passada ou mais.
Só mesmo quem é flamenguista para entender isso. Se você não é flamenguista, que pena.
Saudações Rubro-Negras!
Mengão Sempre.
Kassandro Madruga
Fonte: Flamengo RJ