A CBF convocou os árbitros escalados para a próxima rodada do Brasileiro e franqueou a entrada da imprensa para um estudo de casos sobre as orientações da Fifa quanto aos casos de mão na bola e bola na mão.
Como se os erros, os equívocos ou sei lá como devemos chamar as bizarrices da arbitragem, estivessem restritos a esta orientação.
Domingo mesmo, na vitória do Santos sobre o Goiás, vimos mais uma bola entrar e o gol não ser validado.
No jogo do Vasco, sexta-feira, o apitador puniu um não intencional recuo de bola.
Está provado: o problema não é só de orientação.
Faltam capacidade intelectual, preparo físico e profissionalismo.
Deficiências que refletem na decência…
O time de Cristóvão Borges se impôs de tal forma fora de casa e diante de um pretenso candidato ao título que fui dormir tentando entender por que o Fluminense não se manteve no encalço do Cruzeiro.
Com tantos bons jogadores e um ou outro craque, conseguiu perder 13 pontos empatando com Coritiba e Figueirense e perdendo para Chapecoense, Botafogo e Vitória, adversários que brigam contra o rebaixamento.
Uma pena.
Sigo a crer que o Fluminense tem elenco para estar entre os quatro primeiros do Brasileiro.
É questão de ajuste nas expectativas.
BAHIA 2 x 1 FLAMENGO.
Era de se esperar as rodadas interpostas entre os finais de semana atrapalhassem a marcha do time de Vanderlei.
O desgaste físico, somado às contusões e às suspensões, dificultaria o avanço.
Mas não a ponto de o Flamengo vencer apenas um dos sete jogos que fez em setembro _ empatou três, perdeu três.
Acende-se a luz vermelha.
É preciso menos exposição e uma nova estratégia.
O time saiu de um aproveitamento de 85% em agosto para os 28,5% em setembro.
E, por conta da Copa do Brasil, vai encarar outra maratona, em outubro _ agora de oito jogos.
Mais uma vez, vai sobrar para a torcida levar no grito…
BOTAFOGO 0 x 2 GRÊMIO.
Faltam 13 jogos e o Botafogo tem sete jogos a cumprir no Maracanã para somar os 20 pontos que poderão evitar o rebaixamento.
Em apenas um destes jogos o adversário encontra-se no Z4 _ justamente o próximo em casa, contra o Palmeiras.
Nos outros, três estão no meio de tabela, e três na parte de cima.
O time de Mancini precisa de mais intensidade e menos brilhareco.
Domingo foi presa fácil.
Preocupante.
Os alvinegros precisam correr de seis vitórias e dois empates.
Isso significa ter direito a perder apenas mais cinco partidas.
VASCO 2 x 1 JOINVILLE.
O time descobriu a importância de ocupar os lados do campo, melhorou a produção e venceu sem sustos.
O Vasco de Joel Santana não tem um cardápio variado, mas pode se impor com uma postura ligeiramente mais ofensiva.
Dakson alivia a pressão sobre Douglas, e ao lado de Pedro Ken o jogo não fica tão viciado.
O ataque ganha mobilidade, a torcida se contagia e tudo parece ficar mais fácil.
A disputa pelas quatro vagas que levam à Sèrie A é muito mais acirrada do que se imagina.
Culpa, em parte, da irregularidade que o Vasco construiu na competição.
Vejamos se agora o time engata…
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira